Vida obscura
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro
ó ser humilde entre os humildes seres,
embriagado, tonto de prazeres,
o mundo para ti foi negro e duro.
Atravessaste no silêncio escuro
a vida presa a trágicos deveres
e chegaste ao saber de altos saberes
tornando-te mais simples e mais puro.
Ninguém te viu o sofrimento inquieto,
magoado, oculto e aterrador, secreto,
que o coração te apunhalou no mundo,
Mas eu que sempre te segui os passos
sei que a cruz infernal prendeu-te os braços
e o teu suspiro como foi profundo!
(SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961)
Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Souza transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em
gamelucas714:
1>A 2>B
Respostas
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Resposta:
1 : A / 2: A
Explicação: por que tá certa :)
respondido por:
1
Percebe-se que o soneto representa um sentimento de frustração relacionado a algum amor, o que está expresso nos versos "mas eu que sempre segui os passos, sei que a cruz infernal prendeu-te os braços e o teu suspiro como foi profundo!". Assim, a alternativa adequada é a D.
Soneto, sofrimento e frustração
O autor do poema passa a impressão ao leitor que possivelmente está de luto em referência a um amor que se foi. Nota-se quando se lê sobre uma vida obscura, um silêncio escuro, um sofrimento inquieto e secreto. O eu-lírico se sente apunhalado pelo mundo, assim como a sua amada ou amado.
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