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Resposta:
E quando os ferimentos não têm os cuidados necessários podem haver complicações, resultando até mesmo em amputação do membro ferido. Para entender melhor como funciona a cicatrização de ferimentos em diabéticos precisa-se antes entender como a cicatrização funciona.
Explicação:
A cicatrização ocorre a partir de um processo que passa por 4 fases: a hemostasia, a inflamação, a proliferação e a remodelação.
Hemostasia
Essa é a fase que ocorre logo após o ferimento ser feito, onde os vasos sanguíneos se contraem a fim de parar o sangramento. As hemácias também participam desse processo, formando um coágulo que tem como função evitar a entrada de microorganismo indesejados na ferida exposta.
Inflamação
Esse é o momento em que os leucócitos, que atuam como células de defesa do organismo, estão agindo atacando os vírus e microorganismos que invadem o nosso sistema. A área lesionada, nessa parte do processo, fica vermelha, inchada e quente. Além disso, tem-se aqui o princípio da fase da regeneração do tecido.
Proliferação
Na proliferação, os fibroblastos começam a atuar produzindo colágeno e elastina para formar o tecido conjuntivo. Em outras palavras, esse é o momento em que se inicia a regeneração da pele afetada.
Remodelação
Por último, aumenta-se a resistência do tecido a partir do realinhamento das fibras. A cicatriz passa da tonalidade de vermelho escuro para rosa claro, melhorando o seu aspecto.
Dificuldade de cicatrização em diabéticos: onde está a diferença?
A diabetes, assim como a cicatrização, também tem relação direta com os vasos sanguíneos, pois ela é a condição em que o organismo é incapaz de utilizar a glicose no sangue como energia, resultando em seu grande acúmulo no sangue.
Isso acontece devido ao pâncreas não conseguir produzir insulina em quantidade suficiente para desempenhar a sua função, que é levar a glicose para dentro das células.
Essa glicose que não foi “levada” pela insulina permanece nos vasos sanguíneos, fazendo com que eles fiquem endurecidos, diminuindo o fluxo de sangue. Isso dificulta a passagem de oxigênio e a eficiência das hemácias, tornando a fase de hemostasia mais difícil. A fase de inflamação também é afetada, pois os leucócitos ficam incapacitados de combater as infecções.
Com a ausência de nutrientes e oxigênio necessário, a ferida acaba por cicatrizar lentamente, ficando exposta a complicações, como a “doença do pé diabético”.
espero ter ajudado :)