Por que estudar História no curso de formação em Educação Física? Que aplicabilidade o conhecimento histórico tem na atuação cotidiana dos seus profissionais? Com tantas informações disponibilizadas pelas novas tecnologias de informação, porque é necessário ler autores clássicos da área? Se a Educação Física é uma área voltada para a saúde, a performance e a educação corporal de crianças, jovens e adultos, o que interessa o conhecimento histórico? É possível que estas perguntas já tenham sido diversas vezes pronunciadas entre alguns estudantes e professores dos diversos cursos superiores ligados à formação em Educação Física espalhados por todas as regiões do Brasil. Ao compreendermos a razão de tais perguntas, damos a elas sua importância. As perguntas são repetidas, é posto em evidência que elas são justas, mas, igualmente, a dúvida colocada explicita um desconhecimento a ser encarado, qual seja: as características e a importância de estudarmos História.
GOELLNER, Silvana. A importância do conhecimento na formação de professores de Educação Física e a desconstrução da história no singular. Revista Kinesis, Santa Maria, v. 30, n. 1 p. 37-55, 2012.
Nesse sentido, considerando as perguntas levantadas no fragmento acima e os conhecimentos abordados em nossa disciplina, descreva dois argumentos que justificam a presença dos conhecimentos historiográficos no curso de graduação em Educação Física.
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Respostas
Resposta: Documentos historiográficos tratam-se de documentos importantes para a construção de análises históricas sobre questões valiosas à educação física. Eles são necessários no campo da Educação Física com dois argumentos: iniciando com as fotografias, pois segundo MORENO e SEGANTINI ampliam nosso olhar para facetas dos processos educacionais recaídos sobre o corpo, percebidos nas maneiras de vestir, nos gestos, nas práticas autorizadas, no que fica de fora da imagem. Através da fotografia podem-se captar as maneiras como o corpo se apresenta nos espaços destinados às práticas corporais, os modos autorizados do corpo estar presente nas instituições de ensino da Educação Física. O potencial das fotografias está também em decifrar os discursos subliminares às imagens: eugênicos, civilizadores, modernos, cívicos, higiênicos.
Fora as fotografias, outro acervo são os documentos, que de acordo com GOMES e BRAGHINI é necessário pensar no alargamento do rol documental, refletindo sobre a construção mais equilibrada de fontes. A análise feita aqui permitiu fazer a relação entre o instrumento e a constituição de conhecimentos relacionados à Antropologia, Medicina, História Natural e Educação Física. Aqui, não se trata de dar preponderância ou não ao documento escrito, mas entender a cultura material tridimensional como um manancial que pode nos dar informações não acessíveis por fontes escritas, e concebê-las dentro de um intercâmbio recíproco entre as duas possibilidade de obtenção de informação.
Explicação: Páginas 36 e 37 do Livro da Disciplina
É extremamente importante entender sobre a história no âmbito da educação física pois muitas vezes os esportes passaram por modificações ao longo do tempo que tiveram diversas motivações para chegarem ao formato o qual são praticados hoje.
O voleibol por exemplo foi criado para ser um esporte sem contato físico e que pudesse ser praticado em um local fechado por conta do frio de Springfield que foi seu local de criação. Através da história conseguimos observar também cases de sucesso de esportistas para que possamos inspirar nossos alunos nesses casos.
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