3. O que a autora do texto quis dizer com: "Stop
Aquele que pausa o virtual e dá play na realidade
Ninguém quer ele não."?
Respostas
Resposta:
Escreva um pequeno texto sobre a segunda crônica. • No primeiro parágrafo, comente os seus hábitos de uso do celular: você se encaixa na descrição feita pela cronista? • No segundo parágrafo, explique se concorda com a tese da cronista e por quê. Se considerar melhor, inverta a ordem dos parágrafos. . Texto . A cena se repete todos os dias e todas as horas. Do momento em que acordo até o minuto antes de eu dormir. O cenário vai mudando, mas a ação não. Entro no metrô, na Avenida Paulista, na sala de aula ou em qualquer outro lugar, e me deparo sempre com algumas cabeças baixas reproduzindo freneticamente o mesmo ato que eu. Vejo vidas sendo orientadas pela mesma luz retangular do smartphone que me orienta. Vidas movidas por outras vidas. Ufa, pelo menos eu não sou a única que perdeu o botão de stop. Stop? Só posso estar louca. Essa palavra anda tão desatualizada que ela só ganha significado nas 7 horas de sono, cronometradas pelo mesmo celular que me despertou. Isso se tivermos sorte! Fora isso, praticamente nenhuma sociedade do século XXI tem tempo. Estamos muito ocupados correndo atrás das demandas da rotina, tentando absorver parte do turbilhão de infor- mações e imagens que recebemos por segundo. É corrido, eu sei. Então por que em nosso pouco tempo livre ficamos presos diante de uma tela? Poderia ficar aqui citando inúmeras respostas, mas não chegaria à [sic] nenhuma conclusão. Além do mais, os motivos são diversos e variam de pessoa para pessoa. Porém, na semana passada escutei que “enquanto estamos no celular não estamos no nosso corpo” e foi, a partir dessa simples frase, que refleti sobre o que eu acredito que seja o grande atrativo por trás desse aparelho: o escapismo. Pense em quantas realidades, mesmo que ilusórias, podemos entrar em apenas uma mexida no celular. Hoje mesmo eu entrei em várias. No metrô, li uma notícia das olimpíadas e voei rapidinho para o Rio de Janeiro, onde Thiago Braz acabara de ganhar ouro no salto com vara. Pouco tempo depois, vi o nascer do sol em Fernando de Noronha andando pelo mar de concreto da Avenida Paulista. Na sala de aula, acompanhei vidas aleatórias no Snapchat ou no Instagram que pareciam mais interessantes que a minha no momento. Nos outros lugares a mesma coisa, só que em cenários diferentes. E assim o nosso tempo voa em um piscar de olhos. O quê? Já se passaram 3 horas? Horas de ilusão, minutos de escapismo e vários likes de indiferença. Geração que de tanta informação, já até perdeu o botão de stop. Stop? Aquele que pausa o virtual e dá play na realidade? Ninguém quer ele não.
Explicação: