• Matéria: Português
  • Autor: juniorantoniostaciak
  • Perguntado 4 anos atrás

Leia o fragmento da crônica de Rubem Braga. NASCER NO CAIRO, SER FÊMEA DE CUPIM Alguém já me escreveu também — que eu sou um escoteiro ao contrário. “Cada dia você parece que tem de praticar a sua má ação — contra a língua”. Mas acho que isso é exagero. Como também é exagero saber o que quer dizer escardinchar. Já estou mais perto dos cinquenta que dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre honrado, gozo de boa saúde e estou até gordo demais, pensando em meter um regime no organismo — e nunca soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção. Vários problemas e algumas mulheres já me tiraram o sono, mas não o feminino de cupim. Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego-me terminantemente a saber, e, se o senhor é um desses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, tenha a bondade de não me cumprimentar. [...] Texto extraído do livro “Ai de Ti, Copacabana”, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1960, pág. 197. 1. Após a leitura do fragmento da crônica de Rubem Braga, mesmo não sabendo o significado da palavra escardinchar, é possível inferir que ele * 1 ponto a) fala dos problemas que teve em seus relacionamentos com algumas mulheres e o quanto esses problemas lhe tiraram o sono. b) informa que nem sempre sabemos o significado de todas as palavras, mas é muito importante pesquisar antes de escrever. c) diz que para ser considerado um cavalheiro todo homem deve saber qual é o feminino de cupim e ter muito cuidado ao cumprimentar. d) mostra que o fato de ter passado boa parte de sua vida sem o conhecimento de determinadas palavras não interferiu na mesma. Leia mais este fragmento da crônica de Rubem Braga. NASCER NO CAIRO, SER FÊMEA DE CUPIM Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos? Por que fazer do estudo da língua portuguesa uma série de alçapões e adivinhas, como essas histórias que uma pessoa conta para “pegar” as outras? O habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cairota ou cairiri — e a única utilidade de saber qual a palavra certa será para decifrar um problema de palavras cruzadas. [...] Mas a mim é que não me escardincham assim, sem mais nem menos: não sou fêmea de cupim nem antônimo do póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Cachoeiro, honradamente — de Cachoeiro de Itapemirim! Texto extraído do livro “Ai de Ti, Copacabana”, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1960, pág. 197. 2. Nos trechos, “O habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cairota ou cairiri” e “sou cachoeirense, de Cachoeiro, honradamente — de Cachoeiro de Itapemirim!”, o autor está se referindo * 1 ponto a) às várias formas que podemos usar para nominar a pessoa de acordo com o local de onde ela veio sem a necessidade de usar o nome. b) à variedade de palavras que possuímos na língua portuguesa permite que possamos utilizar de vocábulos diversos para representar o mesmo lugar. c) aos adjetivos pátrios, que são uma classificação especial para designar a nacionalidade ou o local de origem de algo ou de alguém. d) a necessidade de conhecermos todas as variantes de uma palavra para nominar o local de origem de alguma pessoa.​

Respostas

respondido por: tere260659
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Resposta: 1)d) mostra que o fato de ter passado boa parte de sua vida sem o conhecimento de determinadas palavras não interferiu na mesma./É possível inferir que ele mostra que o fato de ter passado boa parte de sua vida sem o conhecimento de determinadas palavras não interferiu na mesma.  

2)c) aos adjetivos pátrios, que são uma classificação especial para designar a nacionalidade ou o local de origem de algo ou de alguém./O autor está se referindo aos adjetivos pátrios, que são uma classificação especial para designar a nacionalidade ou o local de origem de algo ou de alguém.  

Explicação: 1)d 2)c espero ter ajudado!


juniorantoniostaciak: ajudou muito, Obrigado
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