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Resposta:
Música se relaciona com religião de várias maneiras, quer nos sistemas de crença, quer no controle do poder. Ambas são universais da cultura. Como não temos conhecimento dos universais empíricos da própria música, o estudo abrangente de sua associação com o sagrado é um duplo desafio. Concentrando-se no homem e para entendê-lo melhor, optou-se pela busca de origens possivelmente comuns, um processo que não enfatiza os monumentos musicais das religiões propriamente ditas e dos caminhos de salvação, Ocidente e Oriente não esquecidos. A volta ao passado mais remoto, aos milênios em que sons humanamente organizados se articularam em símbolos, é o ponto crucial. Os ângulos, as concepções, as revisões e os métodos de abordagem da parca evidência disponível constituem as variações de nosso título. Do ponto de vista etnomusicológico, as questões que ressurgem não são sobre que tipo de música foi feita, nem sobre os processos pelo quais a música foi primeiramente criada, mas as razões, isto é, sua necessidade de existência (suas funções).