1 – No período anterior e em épocas mais antigas ainda, não se tratava, evidentemente, de se chegar a um conhecimento perfeito, dado o recuo no tempo. No entanto, pude juntar no decurso de extensas pesquisas, observações que me fizeram acreditar numa coisa: sustento que nada tinha então grandes porporções, nem a guerra nem o resto [...]
Observações como estas objetivam evitar que incorra em erro todo aquele que pudesse ser induzido pelo gênero de relato que acabo de fazer. Acreditar-se-á menos voluntariamente nos poetas cujos cantos magnificam o passado embelezando-o, nos logógrafos cujas composições visam a concordância do ouvinte, mais do que a verdade: trata-se de fatos incontroláveis cuja antiguidade os condena frequentemente ao papel de mitos aos quais não se pode dar fé. Se, então, o conhecimento se baseia sobre os indícios mais evidentes, ele será considerado como satisfatório para a Antiguidade. (TUCÍDIDES – História da Guerra do Peloponeso. In.: PINSKY, J. (org.). 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 9ª ed., 1ª reimp., pp.143-4)
Tucídides de Atenas (c.460 AEC - c.400 AEC) é considerado como um do Pais da História. A razão da fama se deve ao trabalho cujo excerto acabamos de mostrar, a sua História da Guerra do Peloponeso, escrita ao longo do século V AEC., que acompanhou o conflito entre as duas cidades estado mais significativas da Grécia Antiga: Atenas contra Esparta. Tucídides nos dá uma bela lição de como “fazer História”.
Partindo das palavra do historiador grego, que cuidados um investigador necessita (desde a época dele até hoje) para conferir credibilidade à sua pesquisa sobre o passado ?
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É preciso tomar cuidado e verificar a fontes, sejam elas: Escritas, Orais, Audiovisuais, etc.
Ps.: Você por aqui?
augustowerneck3:
Vcs por aqui
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