Após assistir ao filme Matrix, desenvolva uma resenha critica sobre as caracteristicas do filme com algum modelo filosófico
que já debatemos em nossas aulas. (Minimo 15 linhas & mercimo 20/Fonte Times New Roman Tamanho 12)
Respostas
Resposta:
aqui está.
Explicação:
O ano de 1999 foi ímpar não apenas porque terminava em 9 (desculpe por isso), mas também porque abrigou a estreia de diversos clássicos do cinema recente, como Clube da Luta, Beleza Americana, Toy Story 2, O Sexto Sentido e, claro, Matrix.
O primeiro capítulo da trilogia das irmãs Wachowski chegou quase que literalmente com o pé no peito do mundo e mudou para sempre o jeito de se fazer filmes de ação, ao menos em Hollywood. As cenas de lutas extremamente coreografadas e muito bem inspiradas em diversos clássicos dos filmes chineses de artes marciais, por exemplo, são, talvez, a parte mais notável desse aspecto.
Mas podemos incluir nesse rol de acertos precisos de Matrix fatores como uso inteligente e coerente da câmera lenta, o efeito Bullet Time e o design de som absurdo e imersivo que complementa a experiência e também acabaram influenciando o cinema de ação.
Assistir a Matrix sem ser tocado pelo aspecto filosófico é difícil mesmo para quem, como eu, tem pouca leitura nessa área do conhecimento. Duas décadas depois, estão ainda mais evidentes as referências a pensadores como o grego Platão e seu “Mito da Caverna” (no despertar de Neo) e o francês René Descartes e seu “Penso, logo existo” (quando o protagonista se vê diante de questões que colocam em xeque a sua noção de realidade).
A grande referência teórica, porém, parece mesmo vir do sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard. Sua obra clássica Simulacro e Simulação, aliás, aparece como easter egg no filme e é justamente ela que norteia parte do roteiro das irmãs Wachowski: a ideia de que as simulações da realidade se tornam cada vez mais sedutoras do que a realidade em si é levada ao extremo em Matrix.
Apesar de o filme não abordar de forma clara e aprofundada esses temas, ele foi e continua sendo uma forma inteligente de discuti-los, uma espécie de porta de entrada para questionamentos que parecem ainda mais relevantes em um mundo dominado pela tecnologia e pelas redes sociais nem sempre de forma saudável e cidadã.