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O racismo no Brasil tem origem histórica, sendo o resultado do longo período de escravidão estabelecido no país e dos processos que ocorreram nas três décadas após a sua abolição. Mesmo depois de 130 anos da assinatura da Lei Áurea, a segregação socioeconômica e o preconceito racial ainda estão muito presentes na sociedade brasileira. Os negros continuam ocupando os lugares mais baixos na hierarquia social e lideram os índices de desemprego, violência, exclusão educacional, entre outros agravantes.
Tal cenário é comprovado pelos números. Segundo IBGE, no Brasil, onde 55% da população se considera preta ou parda, apenas 4,6% dos cargos de liderança das 500 maiores empresas são preenchidos por negros. Por outro lado, são eles os 75% dos mortos em operações policiais e 62% dos presos.
Antes de continuarmos a falar sobre o racismo no Brasil, é importante o entendimento da definição do termo racismo. Conforme o dicionário, é a forma de preconceito ou discriminação diante de quem apresenta uma raça ou etnia diferente. Já para a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial – tratado internacional adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a discriminação racial é definida como:
Toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo plano (em igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública.