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A música "Roda Viva" , composta por Chico Buarque de Holanda, retrata os obscuros anos da Ditadura Militar, que representava para a" Cultura" o fim da liberdade de expressão. O compositor se utiliza de" metáforas" para denunciar o regime.
Explicação:
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
A música começa com um sentimento de impotência, demonstrando que algo não está bem na conjuntura social.
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
O refrão passa a ideia de desorientação: citando diferentes movimentos circulares em ordem decrescente (da imensa roda mundo chegamos até a roda pião), a impressão que se tem é a de que o cerco vai se fechando enquanto rodopiamos no mesmo lugar, sem ter para onde ir.
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
Novamente carregando um sentimento de desânimo, há um contraste entre o desejo de lutar ativamente, procurando nadar contra a corrente até perder as forças, e a impotência de não se poder fazer mais do que já se fez.
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
O sentimento é de desesperança: fazendo uma referência à Inquisição, o letrista lamenta que a arte, a liberdade de expressão e a democracia tenham sido queimados na fogueira. Tudo não passou de uma ilusão que acabou muito rápido.
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