Leia o trecho da reportagem a seguir: Denúncias de intolerância religiosa aumentaram 56% no Brasil em 2019 Dia nacional de combate a esse tipo de crime foi instituído em 21 de janeiro de 2007, após um atentado em Salvador Marina Duarte de Souza Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 21 de janeiro de 2020 às 18:51 Há 20 anos, a Iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda de Ogum, faleceu em decorrência de um ataque motivado por intolerância religiosa. O atentado teve como alvo o terreiro de Candomblé, Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã em Salvador (BA). O templo foi invadido e depredado por fundamentalistas da Igreja Universal do Reino de Deus, que agrediram o marido de Mãe Gilda violentamente. Dois meses depois, um jornal da mesma igreja publicou uma foto da Ialorixá, com uma tarja no rosto e a manchete: "Macumbeiros charlatões lesam a vida e o bolso de clientes". Ao ver a publicação, a idosa de 65 anos teve um ataque cardíaco fulminante e faleceu no dia 21 de janeiro. Em homenagem à Iyalorixá, a data foi instituída como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, em 2007, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de uma década depois do gesto, os ataques que atingiram Mãe Gilda ainda fazem parte da realidade dos praticantes das religiões de matriz africana. Só no primeiro semestre de 2019, houve um aumento de 56% no número de denúncias de intolerância religiosa em comparação ao mesmo período do ano anterior. A maior parte dos relatos foi feita por praticantes de crenças como a Umbanda e o Candomblé. Os casos são registrados via Disque 100, número de telefone do governo criado em 2011, que funciona 24 horas por dia para receber denúncias de violações de direitos humanos. Entre 2015 e o primeiro semestre de 2019, foram 2.722 casos de intolerância religiosa – uma média de 50 por mês. Os números podem ser ainda mais expressivos, já que em muitos casos as vítimas não realizam a denúncia, por medo de que a violência se repita ou de que o Estado não preste o apoio necessário (...) Com o intuito de apurar os casos e dar assistência psicológica e jurídica às casas e praticantes das religiões de matriz africana, nasceu, no ano passado, o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões de Matriz Africana (Idafro). Entre advogados, contabilistas, sociólogos (as), sacerdotes e sacerdotisas, a organização reúne militantes que já estavam articulados em um coletivo da sociedade civil em ações contra a intolerância religiosa. (...) Luciana lembra que a Constituição garante os direitos de todas as religiões e, para combater a intolerância religiosa, a comunidade precisa ter conhecimento sobre a legislação. “Tem essa demanda de como eu faço para me defender, porque a intolerância religiosa ela exige que o tempo todo a gente tenha instrumentos para poder se defender. Tem uma legislação que normatiza isso e as casas, na maioria das vezes, não sabem. É essa uma das formas que nos encontramos para amenizar a intolerância religiosa, porque o outro precisa saber se ele tem direito às religiões de matriz africana também tem direito”, aponta (...) Edição: Vivian Fernandes e Nara Lacerda Considerando os fatos apresentados no trecho da reportagem, escreva sobre a relação entre as religiões de matriz africana com a intolerância religiosa, por meio do racismo religioso. E, conclua apontando caminhos para a superação deste tipo de violência fazendo uma relação com o Estado Laico
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Em um contexto histórico, no período que eclodiu na Revolução Francesa havia um descontentamento do terceiro estado, que era composto pela burguesia, pelos camponeses e pelos trabalhadores urbanos, em relação aos privilégios da nobreza e do clero, que estavam diretamente vinculados ao regime absolutista da época e a igreja.
Política e religião devem ser vistos como assuntos diferentes. Existem inúmeras religiões no mundo em que vivemos, porém, posso te apresentar algumas que acreditam em ancestralidade como:
- A cultura indígena e sua religião/culto;
- A cultura Africana, com seus rituais.
- O budismo;
- As culturas aborígenes.
A contribuição da pluralidade religiosa é enorme, pois carrega traços de outras culturas, assim como costumes, valores, e interpretações passadas ao longo das gerações, e, beneficiando milhares de pessoas.
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