• Matéria: Filosofia
  • Autor: kaheloisa15
  • Perguntado 4 anos atrás

1 - Explique:

a) O objetivo do livro "Meditações Filosóficas" de Descartes e o processo filosófico que resultou na máxima cartesiana "cogito ergo sum".

b) Com base no diálogo "Teeteto", o método socrático de investigação filosófica, com especial atenção aos termos "ironia filosófica" ou refutação e "maiêutica".

Respostas

respondido por: Slayerxyz
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a) O objetivo do livro "Meditações Filosóficas" de Descartes e o processo filosófico que resultou na máxima cartesiana "cogito ergo sum".

Resposta:

Trata-se de um aprofundamento da filosofia elaborada nas Regras para a orientação do espírito e no Discurso sobre o método.

A frase de Descartes é o resumo de seu pensamento filosófico e do seu método. Ele demonstra rapidamente no seu livro Discurso do Método como chegou na oração penso, logo existo. Para o filósofo, tudo começa com a dúvida hiperbólica, duvidar de tudo, não aceitar nenhuma verdade absoluta é o primeiro passo.

Cogito, ergo sum é normalmente traduzida como Penso, logo existo, porém a tradução mais literal seria Penso, logo sou. O pensamento de Descartes surgiu da dúvida absoluta. O filósofo francês queria chegar ao conhecimento absoluto e, para tal, era preciso duvidar de tudo o que já estava posto.

A única coisa que ele não podia duvidar era da própria dúvida e, consequentemente, do seu pensamento. Assim surgiu a máxima do Penso, logo existo. Se eu duvido de tudo, o meu pensamento existe e, se ele existe, eu também existo.

Alternativa:

b) Com base no diálogo "Teeteto", o método socrático de investigação filosófica, com especial atenção aos termos "ironia filosófica" ou refutação e "maiêutica".

Resposta:

Pretende-se oferecer aqui uma justificativa, tal como ela parece ter sido indicada por Platão no Teeteto, para o método de Sócrates, anunciado em Apologia como uma anthropíne sophía, capaz de avaliar os diferentes tipos de conhecimento. O recurso à imagem da maiêutica, no Teeteto, traz a representação de um aspecto desse método, posterior à refutação (élenkhos), em que o examinador ou parteiro elevam as opiniões do interlocutor até um princípio transcendente, para mostrar-lhes ou sua vacuidade ou sua solidez. Por fim, o Diálogo de Platão parece não apenas representar o método de Sócrates, mas se inspirar nele para a composição do seu discurso, que joga com a forma de fazer ver e com aquilo que se vê a partir dele.

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