Atividade sobre o artigo de opinião "Bicho de estimação não é brinquedo", de Rosely Sayão
Bicho de estimação não é brinquedo
"Eu quero um cachorrinho!". Essa frase tão simples, vinda de uma criança de 5 anos, deu início a um verdadeiro terremoto na casa de uma jovem família. Primeiro, provocou assembleia familiar, pois os pais se reuniram para discutir a viabilidade de ter um cão no apartamento. Conversaram sobre os cuidados que demanda um bicho de estimação em casa, sobre a disponibilidade pessoal que eles tinham para receber o animal e conviver com ele, verificaram se as dependências da casa eram suficientes para comportar esse novo residente, sondaram a empregada para saber se ela suportaria o trabalho extra que o bicho poderia provocar.
Enquanto isso, a criança insistia:
"Mãe, eu quero um cachorrinho!". Os pais responderam que estavam providenciando, que ela precisava ter um pouco mais de paciência.
Passaram, então, a pesquisar as raças do animal, arguiram veterinários e criadores para saber qual era a mais apropriada para conviver com uma criança pequena, que fosse dócil, de fácil treinamento, que não precisasse de muito espaço para viver. E a filha choramingando, pedindo o cachorrinho.
Vencidas todas as etapas do processo, chega um dia o pai com o desejado cachorrinho. Se todo o investimento de tempo, dinheiro e atenção dos pais foi custoso, a reação da criança foi suficiente para arcar com tudo: era uma alegria só. A menina não largou o cachorrinho um só minuto durante o dia todo, e o pobre suportou tudo com a maior dignidade. Mas, para espanto dos pais, no dia seguinte, a filha disse que não queria mais o cão -- e ponto final. E agora? Bem que os pais tentaram convencer a filha de que o cachorrinho não era um brinquedinho, de que não podia ser devolvido à loja, mas em vão. E lá foi o pai devolver o cachorrinho.
Afinal, é legal para uma criança a relação com um animal de estimação? Se a família pode, é muito legal. Conviver com um animal pode permitir que a criança aprenda bastante sobre a diferença entre um brinquedo e um ser vivo. Ter um bicho de estimação em casa, dependendo do tipo de animal, pode principalmente permitir um grande envolvimento afetivo da criança com o animal. Quem não conhece histórias em que a criança tem mais afeto pelo seu cão do que por uma pessoa, em que o animal é o grande companheiro e "confidente" da criança em momento de solidão e conflito? Mas é preciso prestar atenção à idade da criança.
Os filhos nessa idade estão na época em que precisam aprender que querer algo exige compromisso, esforço, dá trabalho. Brincar com o animal, aconchegá-lo no colo, ter a manifestação de alegria dele quando se chega em casa é a parte boa da coisa. Mas é preciso levar o cão para passear, limpar a sujeira que ele faz, levar ao veterinário. Essa é a parte do trabalho que é preciso que eles também façam.
Caso contrário, aprendem que a vida é só prazer, só brincar. E é?
(Rosely Sayão)
01) Justifique o título dado ao texto acima:
02) Por que podemos afirmar que o texto é um artigo de opinião?
03) Qual é a ideia central do texto? Você concorda com ela? Justifique sua resposta:
04) Justifique as aspas utilizadas no texto:
05) O que vocês fariam no lugar dos pais da criança? Devolveria ou não o cachorrinho? Comente:
06) Quais as vantagens de uma criança ter um animal de estimação? E as desvantagens?
07) Circule no texto um exemplo de vocativo:
08) Que mensagem o texto transmite?
09) Você tem algum animal de estimação? Ou já teve? Já teve algum que tenha marcado pra valer a sua vida? Comente:
10) Por que você acha que a autora preferiu terminar o texto com uma pergunta?
Respostas
Resposta:
1)"... para discutir a viabilidade de ter um cão..
."(2)"... os cuidados que demandam um bicho...
"(3)"... as dependências da casa eram suficientes...
"(4)"... para comportar esse novo residente..."
(5)"... sondaram a empregada..."
(6)"... continuaram com a empreitada.
"(7)"... arguiram veterinários..."
(8)"... foi o suficiente para arcar com tudo..."
(9)"... o pobre suportou tudo..."
(10)"... com a maior dignidade..."
(11)"... podem manifestar o desejo..."
(12)"... animais exóticos no quarto.
Vencidas todas as etapas do processo, chega um dia o pai com o desejado cachorrinho. Se todo o investimento de tempo, dinheiro e atenção dos pais foi custoso, a reação da criança foi o suficiente paraarcar com tudo: era uma alegria só. A menina não largou o cachorrinho um só minuto durante o diatodo, e o pobre suportou tudo com a maior dignidade
Explicação: