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A frase “Sou ateu, graças a Deus” é atribuída a Buñuel e tem as duas qualidades que Sócrates reivindicava para a filosofia: ironia e maiêutica. A primeira é evidente, faz rir; a segunda joga luz sobre uma ideia do pensamento védico e dos místicos cristãos (Böhme, Eckart): embora você se esforce em negá-lo, Ele mesmo (ou ela mesma, se falamos da consciência) torna possível a sua negação. Por Ele existe algo em vez de nada (Leibniz), por ela é possível o amor intelectual ao divino (Spinoza), único modo de tocar o eterno. Mas todas essas são visões do passado. Hoje, a forma mais genuína de ser religioso é ser ateu (Panikkar).
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