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Resposta:
A globalização tem sido vista como um fenômeno inevitável e paradoxal. Os avanços nos campos da comunicação e
dos transportes, por exemplo, estão integrando o mundo
de tal forma que a própria existência de fronteiras nacionais está sob ameaça. Nesse e em outros casos, há razoável
consenso sobre os progressos conseguidos. Porém, quando se analisam questões de impacto social, como distribuição de riqueza e desigualdades, há forte dissenso.
De fato, é relevante questionar se a evolução do processo
de globalização vem contribuindo ou não para a redução das
desigualdades entre países ricos e pobres. A análise dos dados
MARCELO BREYNE / KROPKI
de renda média por habitante não dá razão para otimismo:
justamente nas duas últimas décadas, quando o mundo
assistiu a uma aceleração da globalização, o fosso que separa os países de renda alta dos demais se aprofundou.
Stanley Fischer, um economista nascido em Zâmbia, exprofessor do MIT – Massachusets Institute of Technology –,
ex-vice-presidente do FMI – Fundo Monetário Internacional –
e atual vice-presidente do Citigroup, procurou responder a
essa questão a partir de uma ótica diferenciada. No discurso
inaugural do congresso da American Economic Association
deste ano, Fischer mostrou que a globalização pode estar aumentando a desigualdade entre os países, mas que, ao se
considerarem os indivíduos, a desigualdade pode estar sendo reduzida.
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