• Matéria: Português
  • Autor: duduzaogame
  • Perguntado 4 anos atrás

Elabore um texto a partir da pergunta que fecha o texto de U. Eco. Seu texto deverá: contextualizar a temática; identificar características relevantes da sociedade atual apontadas por U. Eco; dialogar com essa caracterização, apresentando uma reflexão na direção proposta pela pergunta; apresentar as razões que embasam a reflexão que você está desenvolvendo; respeitar as características discursivo-formais do gênero solicitado.
Regras:
1 - Inserir título.
2 - Evitar gírias.
3 - Não ferir os direitos humanos (qualquer discurso de ódio, forma de violência ou preconceito racial, de gênero, de credo, pela condição física, socioeconômica ou de origem).
4 - Atender ao mínimo de palavras solicitadas.
5 - Não usar chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas.
Textos de Apoio
Leia a crônica – “A sociedade líquida”, de 2015 –, escrita pelo filósofo italiano Umberto Eco, que serve de introdução ao último livro do escritor, Pape Satan Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida, publicado postumamente. A ideia de modernidade ou sociedade “líquida” deve-se, como todos sabem, a Zygmunt Bauman. A sociedade líquida começou a delinear-se com a corrente conhecida como pós-moderno (aliás, um termo “guarda-chuva” sobre o qual se amontoam diversos fenômenos, da arquitetura à filosofia e à literatura, e nem sempre de modo coerente). O pós-modernismo assinalava a crise das “grandes narrativas” que se consideravam capazes de impor ao mundo um modelo de ordem e fazia uma revisitação lúdica e irônica do passado, entrecruzando-se em várias situações com pulsões niilistas. Mas para Bordoni, o pós-modernismo também conheceu uma fase de declínio. [...] Servia para assinalar um acontecimento em andamento e representou uma espécie de balsa que levava da modernidade a um presente ainda sem nome. Para Bauman, entre as características deste presente nascente podemos incluir a crise do Estado (que liberdade de decisão ainda têm os Estados nacionais diante dos poderes das entidades supranacionais?). Desaparece assim uma entidade que garantia aos indivíduos a possibilidade de resolver de modo homogêneo vários problemas do nosso tempo, e, com sua crise, despontaram a crise das ideologias, portanto, dos partidos e, em geral, de qualquer apelo a uma comunidade de valores que permita que o indivíduo se sinta parte de algo capaz de interpretar suas necessidades. Com a crise do conceito de comunidade, emerge um individualismo desenfreado, onde ninguém é mais companheiro de viagem de ninguém, e sim seu antagonista, alguém contra quem é melhor se proteger. Esse “subjetivismo” solapou as bases da modernidade, que se fragilizaram, dando origem a uma situação em que, na falta de qualquer ponto de referência, tudo se dissolve numa espécie de liquidez. Perde-se a certeza do direito (a justiça é percebida como inimiga) e as únicas soluções para o indivíduo sem pontos de referência são o aparecer a qualquer custo, aparecer como valor [...], e o consumismo. Trata-se, porém, de um consumismo que não visa a posse de objetos de desejo capazes de produzir satisfação, mas que torna estes mesmos objetos imediatamente obsoletos, levando o indivíduo de um consumo a outro numa espécie de bulimia sem escopo (o novo celular nos oferece pouquíssimo a mais em relação ao velho, mas descarta-se o velho apenas para participar dessa orgia do desejo). O que poderá substituir esta liquefação?

Respostas

respondido por: nalexandregonaalves
3

Resposta:

interpretar suas necessidades. Com a crise do conceito de comunidade, emerge um individualismo desenfreado, onde ninguém é mais companheiro de viagem de ninguém, e sim seu antagonista, alguém contra quem é melhor se proteger. Esse “subjetivismo” solapou as bases da modernidade, que se fragilizaram, dando origem a uma situação em que, na falta de

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