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Assim, Pedro I, herdeiro legítimo da Coroa Lusitana, restou reconhecido como “brasileiro”, foi levado a não mais se submeter às ordens da Corte portuguesa (Dia do Fico) e, assim, embrenhando-se no que mais tarde será conhecido como a independência do Brasil (07/09/1822).
Desse modo, após o Grito do Ipiranga, a independência do Brasil não se encontrava aperfeiçoada, era necessária erigir os fundamentos jurídicos e políticos da nação. É nesse ponto que o então primeiro imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil comete seus deslizes e apresenta uma faceta autoritária que reacende os debater acerca de quem seria “brasileiro” ou “português”. Entretanto, com a abdicação, em 07/04/1831, Pedro I consegue, engenhosamente, manter o trono ainda com a família, deixando o filho Pedro II (com apenas 5 anos), como herdeiro da Coroa.
Nesse ponto, sem desmerecer as implicações internacionais desse processo de independência, haja vista que para o reconhecimento da independência foi pago indenização à Portugal, montante esse obtido mediante a contração de empréstimo junto à Inglaterra (o que deu origem à nossa famosa dívida externa), verifica-se que a independência do Brasil não foi somente um ato simbólico, mas um processo de conflitos e busca por identidade, liberdade e autorreconhecimento.