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Resumo
A humanidade possui um fundo cultural comum? Esta é uma questão
levantada pelos arqueólogos LEROI-GOURHAN ao observarem a existência de
imitações esquemáticas (danças) em artefatos da antigüidade. Isto nos faz pensar
que a dança nos arrasta mais além do mero movimento, que o gesto e a
necessidade de expressão corporal são constitutivos do ser humano.
A dança modifica-se no tempo histórico, é ressignificada e ritualizada de
acordo com as dinâmicas culturais e transformações culturais.
Ainda em fins do século XIX inicia-se uma revolução na maneira de
conceber o corpo e suas possibilidades expressivas. O gesto e o corpo que o
realiza passam a ser entendidos como os principais modificadores instrumentais
para uma nova qualidade de vida e de arte. O corpo esbelto, que nega a ação da
gravidade, que não é do dançarino ao passo que segue a convenção de uma
música e de um enredo dramático, que se expressa através da pantomima já não é
capaz de traduzir a sensibilidade humana.
Para encontrar o movimento que lhe propiciaria uma melhor e diferente
qualidade de vida, o homem teria que buscar na arte um movimento poético, de
diferentes qualidades, regidos por princípios percebidos como instrumentos
orgânicos.
Surge, então, a dança moderna. Sendo o balé e a dança moderna
reconhecidos como expressões artísticas, qual o significado destas duas artes?
Quais foram as políticas que regeram as mudanças na concepção desses dois
corpos?
Considerei interessante pesquisar essa forma de linguagem - a DANÇA -
enfocando o momento de sua maior ruptura na história, o momento da ruptura da
dança clássica para a dança moderna.