• Matéria: Português
  • Autor: lukcinhaspb
  • Perguntado 3 anos atrás

Análise Poema Suavidade florbela

SUAVIDADE
Se me ponho a cismar em outras eras Em que ri e cantei, em que era q'rida, Parece-me que foi noutras esferas, Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras, Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago... Toma a brandura plácida dum lago O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguém as vê brotar dentro da alma! Ninguém as vê cair dentro de mim!
6. A MINHA DOR
À você
A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias, Aonde a pedra em convulsões sombrias Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal ... E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias ...
A minha Dor é um convento. Há lírios Dum roxo macerado de martírios, Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve ... ninguém vê ... ninguém ...
Pousa a tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal, Sobre o regaço brando e maternal Da tua doce Irmã compadecida.
Hás-de contar-me nessa voz tão qurida A tua dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar, direi o mal
Que à minha alma profunda fez a Vida.
E hás-de adormecer nos meus joelhos... E os meus dedos enrugados, velhos, Hão-de fazer-se leves e suaves...
Hão-de pousar-se num fervor de crente, Rosas brancas tombando docemente, Sobre o teu rosto, como penas de aves...

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respondido por: jenniferoening1
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Resposta:

Não sei tyshdbbdbendndnfn

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