o ingresso do caratê no Brasil se deu por meio da inserção de imigrantes japoneses no Brasil, no início do século XX. Porém, sua prática ficou restrita ao ensino particular, de mestre para discípulo, como originalmente ocorria no Japão. Apenas na década de 50 é que houve a abertura do primeiro estabelecimento voltado ao ensino e aprendizagem do caratê em nosso país.
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Caratê – Educação Física – Esportes
16
Terça-feira
Abr 2013
Posted by trampoescolar in Caratê, Educação Física, Esportes, Trabalho Escolar, Trabalhos Escolares≈ Deixe um comentário
Caratê é uma mescla de princípios físicos e mentais
O caratê é uma arte marcial tradicionalmente japonesa, desenvolvida especificamente na região de Okinawa, no norte do país. Em virtude da sua localização estratégica, Okinawa passara a ser uma região comercialmente importante, uma vez que permeava as relações do Japão com a China. Logo, os habitantes desse local sofriam influência direta da cultura chinesa, e uma delas foi a entrada de artes marciais locais, como as práticas do templo Shaolin.
Nesse local, por volta do século XVII, a arte marcial de origem chinesa já havia se modificado o suficiente para ser identificada como japonesa, sendo conhecida como “te”. No entanto, não havia um método único dessa prática marcial japonesa, já que era transmitida de forma oral, de mestre para discípulo. Suas variações eram principalmente regionais, das quais ficaram mais conhecidas as localizadas no centro e no porto de Okinawa.
Foi apenas no final do século XIX que essa arte marcial passou por um processo de revisão de sua forma de ensino, simplificando-a para facilitar o aprendizado. Além disso, houve também a modificação do nome da arte marcial, ganhando finalmente a denominação de “karate”.
O caratê apenas ultrapassou a região limite de Okinawa em 1900, quando muitos japoneses migraram para as ilhas havaianas, já então de posse estadunidense. Ali, ele se difundiu e, após um curto período de apenas dois anos, transformou-se em modalidade esportiva. Porém, sua difusão de Okinawa para outras partes do Japão demorou ainda muito tempo para ocorrer de fato.
Na década de 30, o caratê foi reconhecido como arte marcial pela Associação Japonesa de Artes Marciais. Nesse momento, o caratê já ganhava o Japão e estava pronto para ganhar o mundo. Algumas regulações foram executadas para uniformizar a prática. Essa sistematização do caratê teve forte influência do criador do judô, Jigoro Kano, e centrou-se principalmente no uso do quimono branco e de cor de faixas, indicando o estágio em que se encontra o praticante:
– Faixa branca: iniciante;
– Faixa amarela: 6º kyu;
– Faixa vermelha: 5º kyu;
– Faixa laranja: 4º kyu;
– Faixa verde: 3º kyu;
– Faixa roxa: 2º kyu;
– Faixa marrom: 1º kyu;
– Faixa preta: 1º dan.
Deve-se ressaltar que o treinamento do praticante de caratê é uma mescla de princípios físicos e mentais. Esses princípios são:
“Esforçar-se para a formação do caráter.
Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.
Criar o intuito do esforço.
Respeito acima de tudo.
Conter o espírito de agressão”.
O ingresso do caratê no Brasil se deu por meio da inserção de imigrantes japoneses no Brasil, no início do século XX. Porém, sua prática ficou restrita ao ensino particular, de mestre para discípulo, como originalmente ocorria no Japão. Apenas na década de 50 é que houve a abertura do primeiro estabelecimento voltado ao ensino e aprendizagem do caratê em nosso país.
No entanto, essa arte marcial ganhou o olhar dos leigos ocidentais somente na década de 80, a partir de um filme de sucesso chamado “Karatê Kid”. Sua história retratava um garoto na adolescência, que, após mudar de residência com sua mãe, era vítima de outros garotos da região. Nesse ínterim, ele conhece um senhor japonês que o ensina a arte do caratê para se defender. Não é o intuito aqui relatar todo o filme, mas a história apresenta as dificuldades atravessadas em treinos constantes dessa prática, cujo resultado é o controle total do corpo e da mente do praticante