O que algumas pessoas sobreviventes que eram combatentes de que não abaixaram a cabeça fizeram após o final da balaiada?
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O Período Regencial foi um dos mais turbulentos e violentos da história do Brasil. A falta de legitimidade dos regentes, a centralização política no Rio de Janeiro e a escolha dos governadores pelo governo central sem a participação das elites locais gerou instabilidade e uma série de revoltas pelo Brasil. A Balaiada foi uma delas. Ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841, a revolta iniciou a partir de um simples fabricante de balaios Manuel Francisco dos Anjos - o "Balaio", que teve uma das suas filhas estuprada por um policial sem que houvesse nenhuma punição.
O fato, juntamente com a prisão sem justificativa do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, foram o estopim para a Balaiada que mobilizou grande parte da população pobre do estado contra o poder e a opressão de um grupo de latifundiários da região. Esses grandes proprietários comandavam a região e usavam a força e violência para garantir seus interesses próprios.
No mês de dezembro de 1838, um dos líderes do movimento, Raimundo Gomes, invadiu a prisão para libertar o irmão. Após isso, os revoltosos começaram a saquear as fazendas e vilas por onde passavam até conquistar a Vila de Caxias em 1839. Conseguiram organizar uma Junta Provisória.
O governo maranhense organizou suas forças militares, inclusive com apoio de militares de outras províncias, e passou a combater fortemente os balaios. Com a participação de muitos escravos fugitivos, prisioneiros e trabalhadores pobres da região, os balaios conseguiram obter algumas vitórias no início dos conflitos.