• Matéria: História
  • Autor: dr562728
  • Perguntado 3 anos atrás

o que responder quando uma pessoa mandar "olá 9vinha,casada?"​

Respostas

respondido por: viihhintata
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Resposta:

sim 9vinho (a), e vc casado(a)?;-;

respondido por: agdapfmarques
0

Resposta:

Responda como se vc fosse outro menino, tipo "e ae cara, mandou pro número errado, sou seu brother..." ou coisa do tipo, e foge desse tipo de gente... Sério: FOGE

Explicação:

Em pequenas atitudes do dia a dia, como piadas, frases, divisão de tarefas e até escolha das roupas, os pais naturalizam esses padrões preconceituosos e estimulam hábitos que incitam a violência contra a mulher.

Os dados do Monitor da Violência são assustadores: uma mulher é morta pelo fato de ser mulher (feminicídio) a cada sete horas no Brasil.

A Organização Mundial da Saúde nos coloca em 5° lugar entre os países que mais matam mulheres, com uma taxa de 4,8 homicídios por 100 mil mulheres.

Se pararmos só um pouco para pensar sobre o machismo e o patriarcado e o que eles exigem das mulheres e dos homens, vamos perceber como são sistemas pra lá de incoerentes e contraditórios. Tão sem sentido que é de se espantar que ainda permaneçam ditando as regras da nossa sociedade, ao menos em linhas gerais. Deve ser por isso que o maior medo de quem é machista é que nós mulheres (e os homens aliados) apontemos as incoerências de sua estrutura. Olhando de perto, não há argumento que o sustente.

Comecemos pelo básico: as mulheres, especialmente as não-brancas, foram classificadas ao longo da história como “emoção”, em contraste aos homens sempre alocados no âmbito da razão. Foi essa a justificativa para negar às mulheres o direito ao voto, a trabalhar fora de casa e a ocupar a esfera pública. Os argumentos eram de que tais funções poderiam atrapalhar o exercício da maternidade e do casamento, fora que as mulheres não conseguiriam ter o mesmo discernimento político que os homens, por não terem tão desenvolvidas a razão. Também é ligando as mulheres à natureza e não ao mundo racional que se perpetua o racismo, a exotização e objetificação de mulheres negras, a discriminação contra indígenas e asiáticas e a naturalização da paternidade ausente, já que o instinto parental intrínseco viria só do lado da mãe.

Mas o mesmo patriarcado que separa homens e mulheres entre razão e emoção é o patriarcado que justifica estupros, assédios e demais violências sexuais com base no argumento de que o homem não consegue controlar seus impulsos. Pode ver em qualquer roda de conversa ou caixa de comentários, tem sempre o argumento de que a roupa da mulher não deixou outra alternativa, de que do jeito que as adolescentes se vestem hoje é impossível resistir, entre outras barbaridades. As meninas de muitas escolas são proibidas de usar shorts sob a alegação de que o vestuário prejudicaria a concentração e o rendimento dos meninos. Estupro ainda é associado a um impulso sexual incontrolável, e não a um jogo de poder. Oras, no mínimo era de se esperar mais dos detentores de toda a racionalidade da humanidade. Caro machismo, decida-se.

A lógica se estende em várias esferas. No Brasil, por exemplo, o futebol feminino foi proibido por quase 40 anos, sob o argumento de que era anti-natural. O Decreto de 1941 que formalizou a proibição dizia que “às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”. Oras, se é contra a natureza da mulher jogar futebol, por que elas formavam times? Por que é preciso um decreto governamental para proibir algo que já vai contra a natureza? Caro machismo, decida-se.

Em uma coisa, no entanto, o machismo não tem dúvidas: é preciso atacar quem aponta suas incoerências. Nós, feministas, somos sempre ridicularizadas e desqualificadas ao fazê-lo. Quando acossados, os machistas bradam que nós não deveríamos falar sobre o assunto em questão (qualquer que seja ele) e sim defender as mulheres muçulmanas, “onde realmente há opressão”(sic). Nós falamos e muito sobre isso, sempre levando em conta as diferenças culturais, basta dar um simples Google – inclusive a comunidade internacional está unida em torno do caso de Noura Hussein. Melhor ainda, há as próprias mulheres muçulmanas lutando por seus direitos, de maneira muito mais contundente do que as outras poderiam fazer. E nós apoiamos a luta delas. Caro machismo, decida-se (e dê um Google).

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