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O poder do estado soberano e a microfísica do poder no pensamento de Michel Foucault
Resumo: A sociedade é dominada pelo pensamento do desenvolvimento científico e tecnológico e atua a favor dos mercados financeiros, econômicos e do lucro. Assim, o Estado, por intermédio dos seus agentes econômicos está à frente, conduzindo as massas a favor do mercado de consumo, e não o contrário. O Estado possui o aparelho de dominação em várias perspectivas, notadamente, pelo plano de ação política e pelo critério de Justiça Social, de modo a buscar a igualdade, a liberdade e a fraternidade entre os indivíduos, e detém, ainda, o direito da soberania estatal, pela qual exerce os mecanismos de disciplina, distribuídos nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, na clássica divisão de Poder proposto por Montesquieu (1689-1755). Não obstante, a partir do final do Século XIX, surge um novo mecanismo de Poder, que se opõe à da teoria da soberania. Esse novo mecanismo de Poder extrai dos indivíduos o tempo e o trabalho, e não mais bens e riquezas. Contém uma vigilância e atuação continua, indicando aos homens de como se comportarem, conforme sustenta Michel Foucault (1926-1984), filosofo francês, pensador do estruturalismo, que é uma corrente de pensamento das ciências humanas que se inspirou do modelo da linguística e que apreende a realidade social como um conjunto formal de relações. Nesse novo mecanismo, o Estado não é mais o Poder Central para discutir politicamente os interesses dos indivíduos. O Estado tem importância tão relevante quanto às outras instituições existentes na sociedade como as Escolas, a Família, as Fábricas, as Organizações Privadas, etc., e, o crescimento deste (Estado), se dá junto com a arte de governar, ou seja, com o controle das ações dos indivíduos. Nesta perspectiva, Foucault acreditava, por exemplo, que a prisão, mesmo que fosse exercida por meios legais, era uma forma de controle e dominação burguesa no intuito de fragilizar os meios de cooperação e a solidariedade do proletariado. O filósofo ainda criticava a psiquiatria e psicanálise tradicionais, que, no seu modo de ver, eram instrumentos de controle e dominação ideológica. O presente Artigo tem como finalidade analisar algumas formas de Poder, vale dizer, o Poder exercido pelo Estado na sociedade, notadamente o Poder Soberano, e a sua divisão em três Poderes, bem como os Poderes de instituições existentes na sociedade como as Escolas, a Família, as Fábricas, as Organizações Privadas, etc., no pensamento da Microfísica do Poder, de Michel Foucault.
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