Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
– Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos. Primeiro pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
– E aí, papai?
– Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
– E vocês? Não perceberam nada?
– Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior: continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem [...]
Luís Fernando Veríssimo, Como as mulheres dominaram o mundo. Disponível em:
Sobre esse segmento “Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos...”, retirado do texto em análise, depreende-se que a expressão “Pouco a pouco”
a)não precisaria ser usada por não haver qualquer necessidade de intensidade em relação ao fato verbal.
b)foi empregada como um caracterizador do fato verbal expresso, sintaticamente funcionado como adjunto adnominal.
c)foi usada desnecessariamente, pois nesse contexto não é preciso qualquer indicação de tempo relacionada ao fato verbal.
d)foi utilizada na função de adjunto adnominal por se tratar de um termo de suma importância na caracterização do fato verbal.
e)foi empregada como um marcador intensidade, sintaticamente funcionando, por essa razão, como um adjunto adverbial.
Respostas
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Resposta:
e) foi empregada como um marcador intensidade, sintaticamente funcionando, por essa razão, como um adjunto adverbial.
A letra a está falsa porque afirma que não há relação de intensidade.
A letra b está falsa por afirmar que se trata de um adjunto adnominal.
A letra c está falsa por afirmar que o uso foi desnecessário, mas há o motivo de criar um sentido de intensidade.
A letra d está falsa pela razão semelhante à da letra b.
Se deixarmos a oração na ordem direta, ficaria:
Elas conquistaram cargos estratégicos pouco a pouco
Elas = sujeito
conquistaram = verbo
cargos estratégicos = objeto direto
pouco a pouco = adjunto adverbial
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