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1. Leia o poema a seguir de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões.
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que a minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
(Antologia poética.26. Ed. Rio de Janeiro: Record, 1991. P. 67.)
Vocabulário:
Cosendo: costurando
QUESTÃO 1. No trecho “café preto que nem a preta velha/café gostoso/café bom”, a associação entre a bebida e a “preta velha” tem efeito:
Respostas
respondido por:
0
Resposta:
Tem o efeito de que ele prefere mulheres negras.
Explicação:
Confia
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B) exaltar o café familiar como o melhor café experimentado pelo eu lírico.
C) destacar o preconceito de cor, que era muito forte no passado.
D) destacar as qualidades do café, que é uma bebida gostosa e boa.