• Matéria: História
  • Autor: diana2197
  • Perguntado 4 anos atrás

A INSERÇÃO DOS EX-ESCRAVIZADOS NA SOCIEDADE BRASILEIRA APÓS A ABOLIÇÃO
É consenso entre os historiadores que o Estado brasileiro não se responsabilizou pelo destino dos
ex-escravizados após a abolição. Contudo, as estratégias dos ex-escravizados para obterem meios de
ganhar a vida é motivo de debate. Até o início da década de 2000, a maior parte dos pesquisadores do
tema acreditava que a quase totalidade dessas pessoas teria migrado para as cidades. Nos últimos anos,
contudo, alguns historiadores têm questionado essa visão. Em um artigo do qual você lerá um trecho a
seguir, o historiador Álvaro Pereira do Nascimento chama atenção, inicialmente para o fato de que o tipo
de atividade em que os ex-escravizados se engajavam dependia da realidade local. E afirma que, se grande
parte dos libertos migrou para as cidades, parcela significativa permaneceu no campo - ou nas mesmas
fazendas em que eram escravizados, mas sob o novo regime de trabalho, ou em outras fazendas.
Certamente houve movimento de ex-escravos para as cidades, mas tal visão encobre um processo
muito mais complexo [...]
Mas havia os que migraram imediatamente para as cidades e mesmo para outras fazendas. [...]
Podia ser uma nova fazenda ou sítio, nos quais os indivíduos construíam suas casas de pau a pique, e
vinculavam-se ao proprietário ou arrendatário da terra por um contrato, cujo pagamento convertia-se em
gêneros alimentícios ou em moeda [...]
As famílias que permaneceram [nas fazendas em que eram escravizadas antes da abolição]
vincularam-se ao trabalho mediante contratos baseados no costume [...]. Nesses sistemas, eles tocavam
o gado, abriam roçados, plantavam as sementes, colhiam os frutos e cuidavam das dependências da
fazenda, mesmo que para isso ganhassem, nos casos de extrema exploração, somente um litro de banha
pela tarefa executada [..]. Aqueles que tinham o direito a pequenas lavouras plantavam para
complementar a alimentação familiar e, em certas condições, poderiam até melhorar a qualidade de vida
e ascender socialmente [...]
Como podemos ver, a complexidade dos destinos dos libertos mostra um lado enriquecedor da
História quando comparada àquela, já bastante criticada [...], que defende que os negros migraram em
massa e para as cidades, moravam nas favelas, as mulheres prostituíam-se e os homens tornavam-se
marginais. Algumas coletâneas, por exemplos, reúnem outras formas de investigar os libertos e seus
descendentes no pós-abolição, revelando as experiências de trabalho urbano desses homens, mulheres e
crianças nas áreas mais diversas, como a indústria, o trabalho doméstico, os esportes, a música, o teatro,
a imprensa, a escola, as Forças Armadas, a construção de ferrovias e as profissões liberais.
NASCIMENTO, Álvaro Pereira do. ‘’Sou escravo de oficiais da Marinha’’; a grande revolta da marujada negra por direito no período pós-abolição (Rio de
Janeiro, 1880-1910). Revista brasileira de História, São Paulo, v. 36, n. 72, ago. 2016. P. 159-161.
Registre as conclusões no caderno:
1) Além da migração para as cidades, que outras soluções para ganhar a vida os ex-escravizados
encontraram?
2) Que visão sobre a inserção dos ex-escravizados nas atividades urbanas é criticada pelo autor
do texto?

Respostas

respondido por: sophiacastilho684
7

Resposta:

1)Os ex-escravizados buscavam soluções para ganhar a vida conforme aparecesse as oportunidades, que normalmente eram raras. Algumas outras soluções que os ex-escravos encontraram foi a formação de das comunidades como os quilombos e até trabalhando para seus ex-senhores.

2) O AUTOR CRITICA A SITUAÇÃO DOS NEGROS QUANDO FORAM LIBERTOS DA ESCRAVIDÃO,SEM DIREITOS.

Espero ter ajudado moçx <3


diana2197: obrigadaa <3
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