• Matéria: História
  • Autor: tjyflyufy
  • Perguntado 4 anos atrás

Gente eu preciso de um resumo completo sobre a imprensa negra.

Para ontem

Respostas

respondido por: otavioandreottidelim
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Resposta:

O que é a imprensa negra (No Brasil): Imprensa negra no Brasil é o movimento jornalístico voltado especialmente, mas não exclusivamente, para a documentação e debate públicos das questões envolvendo o negro brasileiro, como a discriminação racial, a recuperação da dignidade, identidade, história e cultura dessa parcela da população, bem como destacando o protagonismo de personalidades negras, e propondo a desconstrução da ideologia da democracia racial e a formação de uma nova consciência coletiva e um novo paradigma social. A imprensa negra tem sido, desde sua origem, uma das expressões mais importantes e combativas do movimento negro brasileiro.

Ao longo do período colonial ocorreram muitos questionamentos da escravidão, mas em geral os negros eram vistos como seres inferiores aos brancos e meras peças de mercadoria, sendo praticamente desprovidos de qualquer direito. Neste longo período a imprensa foi proibida de atuar por determinação da Coroa portuguesa, mas folhetins, panfletos e livros circularam amplamente de forma clandestina, muitas vezes abordando temas reivindicatórios. Há registro de que em 1789, quando os negros baianos promoveram a Revolta dos Búzios, panfletos e manifestos foram afixados em casas e muros como forma de aglutinação dos amotinados e desejando comunicar à sociedade seu repúdio às desigualdades sociais e à discriminação racial.

A proibição da imprensa foi revogada em 1808, com a chegada da família real, mas o primeiro periódico brasileiro legalizado dirigido por negros e voltado para a população negra, O Homem de Cor, só foi lançado em 1833, no Rio de Janeiro. Era impresso na tipografia de Francisco de Paula Brito, um homem negro nascido livre e carioca que já trabalhava com impressão de jornais e que é tido como um dos pioneiros na luta contra a escravidão e o preconceito racial no Brasil. Teve apenas cinco edições, iniciando em setembro e encerrando em novembro do mesmo ano. Pouco após o aparecimento de O Homem de Cor foram lançados mais quatro periódicos: Brasileiro Pardo, O Lafuente, O Cabrito e O Crioulinho, todos ainda em 1833. Nenhum deles teve uma vida longa, mas exerceram um significativo impacto fora do meio especificamente negro. Segundo Ana Magalhães Pinto, esses primeiros jornais negros não se concentraram no problema da escravidão, mas compartilhavam uma ideia, de inspiração liberal e iluminista, de que os talentos e virtudes pessoais, e não a cor da pele, deviam ser a garantia da igualdade e da democracia. Isso não anulava a sua auto-identificação pela cor, mas deve ser entendido no contexto de surgimento desses jornais, quando foi apresentado projeto legislativo pretendendo estabelecer o critério da cor para acesso a patentes superiores da Guarda Nacional e para identificação na listagem de cidadãos capazes de votar, discriminando mesmo os negros legalmente livres e emancipados, o que violava o texto constitucional e as promessas de igualdade feitas pelo imperador D. Pedro I. Na interpretação de Pinto, enquanto que a escravidão era um instituto legal, a discriminação pela cor, embora grave e generalizada, era apenas um costume, e institui-la legalmente aumentaria os problemas enfrentados pelos negros em todas as áreas, assim como removeria todos os negros livres de posições estratégicas de comando militar, os privaria de direitos políticos e aumentaria o poder de controle do Estado sobre essa população.

Explicação:

Bons estudos! :)


tjyflyufy: amg diminui um pouco?
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