• Matéria: História
  • Autor: lorenasousaacx
  • Perguntado 3 anos atrás

a batalha de guaxandura, história e geografia do maranhão​ RESUMO DE 15 A 30 LINHAS ​

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respondido por: aryannerhaddjja
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A Batalha de Guaxenduba foi um confronto militar ocorrido em 19 de novembro de 1614, próximo de onde hoje se localiza a cidade de Icatu, no estado do Maranhão, no Brasil, entre forças portuguesas e tabajaras, de um lado, e francesas e tupinambás, de outro. A batalha foi um importante passo dado pelos portugueses para a expulsão definitiva dos franceses do Maranhão, a qual viria a ocorrer em 4 de novembro de 1615. A expulsão dos franceses possibilitou que grande parte da Amazônia passasse para domínio português e, posteriormente, brasileiro.

Início do confronto

Na manhã de 19 de novembro de 1614, os soldados portugueses notaram que, ao lado do forte de Santa Maria, o mar estava repleto de embarcações a vela e à remo se aproximando da costa. Para atacá-los no desembarque, Diogo de Campos dirigiu-se à praia com 80 soldados portugueses, mas, percebendo que o número de inimigos era muito maior, retrocedeu. Logo, havia centenas de combatentes na praia. Os franceses dispunham de 200 soldados, muitos dos quais eram fidalgos, em duas tropas, levando coletes de aço, espadas e mosquetes de grande qualidade. Contavam com 50 canoas e 2500 índios, incluindo 2 mil índios de Tapuitapera (atualmente Alcântara) e 100 índios de Cumã (atual Guimarães). Daniel de la Touche, comandante dos franceses, estava no mar com mais 200 soldados liderados pelo cavaleiro François Rasilly. Foi iniciada uma longa troca de tiros e nesse primeiro encontro, foram mortos um soldado português e dois franceses.[13]

Trincheiras

Diante do forte de Santa Maria havia um outeiro a uma distância igual a um tiro de falcão, limitado a norte pelo mar e ao sul pelo rio do qual os portugueses retiram a água. Os franceses desembarcaram pelo mar. Sob o comando de Monsieur de La Fos-Benart, cerca de 400 tupinambás que lutavam pelo lado francês receberam a ordem de fortificar o máximo que pudessem seu topo: construíram, ao todo, 7 trincheiras com pedras grandes, fortificando todo o espaço entre a maré e o topo do outeiro, de modo que as canoas que chegavam ficavam parcialmente ocultas. Por um caminho secreto, Jerônimo de Albuquerque subiu o morro com 75 soldados e 80 arqueiros, enquanto Diogo de Campos atacava os franceses e indígenas que desembarcavam.[14] Em terra, saltou de uma canoa com um trombeta (mensageiro), que levava o brasão de armas reais da França e uma carta em francês escrita por Daniel de La Touche, a qual dizia que os portugueses deviam se render em 4 horas ou seriam massacrados. Diogo de Campos percebeu que a carta era uma tentativa dos franceses de ganhar tempo e obter informações sobre o estado das tropas portuguesas.[15]

A esta altura, o grupo de soldados e arqueiros que acompanhava Jerônimo de Albuquerque já havia chegado à primeira trincheira. Os índios que a defendiam com os franceses eram uma grande multidão, e neles, os portugueses não perdiam um tiro. Daniel de La Touche, Senhor de la Ravardière, observava do mar que o exército francês sofria pesadas baixas: em menos de uma hora, a área ao redor do forte de Santa Maria estava repleta de mortos franceses e indígenas. Ravardière mandou para próximo da praia os navios mais velozes para prevenir maiores danos à sua tropa, mas, sob o bombardeio da artilharia portuguesa, foi forçado a desistir. Havendo os portugueses dominado o outeiro fortificado, Diogo de Campos ordena que eles ateiem fogo a todas as canoas, que estavam abicadas na base do morro.[16]

Desistência francesa

Com todas as canoas em chamas, os franceses restantes em terra não tiveram como fugir e tudo o que puderam fazer foi se recolher na fortificação no topo do outeiro. Entre eles estavam Monsieur de la Fos Benart e Monsieur de Canonville. Ao final da batalha, próximo ao outeiro, muitos dos soldados portugueses se punham à frente dos mosquetes dos inimigos, que ainda resistiam. Turcou, que era o intérprete dos franceses na comunicação com os índios, foi baleado pelos portugueses, e com ele, Monsieur de la Fos Benart, líder dos indígenas que lutavam com os franceses. Sem orientação, os índios restantes, mais de 600, começaram a fugir, descendo o outeiro e a eles se misturaram os soldados franceses, que não possuíam mais pólvora para atirar.[17]

Data: 19 de Novembro de 1614[1]

Local: Sítio Guaxenduba (margem direita da Baía de São José, a 20 km da atual Icatu)[2]

Desfecho: Decisiva vitória portuguesa

Espero ter ajudado


lorenasousaacx: obg
aryannerhaddjja: De nada^^
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