2) Podemos relacionar a ética da reciprocidade tanto individual e religiosa ao comportamento diante da pandemia, como?
Respostas
Resposta:
No campo da saúde, os dilemas éticos são intensificados em um cenário de pandemia e calamidade pública. ... Não é simples e nem justo deliberar sobre a vida de indivíduos com base em valores sociais, sendo posto um outro dilema a ser enfrentado na tomada de decisão que alivie a consciência individual da escolha.
Resposta:
Pandemia é um termo epidemiológico utilizado para descrever uma disseminação mundial de uma nova doença que vem se espalhando por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. E cada pessoa traz consigo uma variedade de virtudes, vícios, sentimentos que em momentos como este acabam se fazendo mais presente. E em uma extrema diversidade, como lidar com ética em tempos de pandemia?
A ética não é individual! Não tem a ver com você e sim com todos! A ética não é unívoca entre as pessoas, pois não há um mesmo entendimento sobre o que é ético. Mas de uma forma bastante simples, a ética é uma ciência da prática, do fazer e mesmo tendo como base diversos pensamentos e teorias de escolas filosóficas, é agindo que a ética é vista, conhecida e entendida.
Há várias virtudes que norteiam as condutas éticas, tais como honestidade, prudência, responsabilidade, sigilo, empatia, responsabilidade, entre outros. No entanto, não é você quem fala da sua própria virtude e sim o outro que reconhece a virtude em você. As nossas virtudes são públicas e em tempos de pandemia não seria diferente.
A ética se dá em momentos de contingência que permeiam em termos azar ou sorte ou pelo momento que estamos vivendo, se me isolo ou não. No entanto, é certo que a pandemia redefine comportamentos, identifica certas virtudes e vícios, tais como a irresponsabilidade, que é o oposto da prudência e o gozo paranoico com discurso exagerado e pessimista acerca do vírus. É prudente resistir a discursos irresponsáveis e apocalípticos. Nunca foi tão fundamental a virtude aristotélica da prudência, principalmente nas decisões de distanciamento social e de quando sair dela. A prudência que devemos ter está entre aqueles que pregam nenhuma medida e aqueles que anunciam o fim do mundo.
Na escola deontológica a premissa discutida tem que valer para todo mundo. Se não vale para todos, não é ético, pois não atende à norma universal. Sendo assim, é importante a busca de normas para auxiliar no norteamento das nossas virtudes e atitudes. Ou seja: Se você tem sintoma e estes se agravam, você busca ajuda médica; se começam testagem em massa, você testa; se você testa positivo para coronavírus, você deve ficar isolado. Ou seja, aquilo que você faz, todos deveriam fazer, o que é utópico, mas deve ao menos funcionar como parâmetro. Percebemos então que a pandemia pode ser resolvida com o comportamento de todos e não apenas por atos dos órgãos competentes e diretrizes entregues às instituições. Temos que aprender a lidar com o vírus, sendo cada um ator da sua responsabilidade moral.
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