MÃOS DADAS
Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não darei os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, los homens presentes, a vida presente. (Carlos Drummond de Andrade)
1) Carlos Drummond de Andrade coloca-se como o "poeta" (v. 1) do "presente" (v. 12 e 13). A partir desse ponto de vista, ele faz uma avaliação dos estilos de época anteriores. Em relação a esse assunto, o autor:
a)confirma as tendências contemporâneas, quando diz: "Entre eles, considero a enorme realidade" (v. 5).
b)refere-se exclusivamente à primeira fase do Modernismo, quando fala em não ser "o cantor de uma mulher, de uma história" (v. 8).
c)posiciona-se contrario a uma característica do Romantismo, quando se refere a "suspiros ao anoitecer" (v.9).
d)refere-se ao Parnasianismo, ao falar em "entorpecentes ou cartas de suicida" (v. 10).
e) faz alusão ao Naturalismo, na passagem "não fugirel para as ilhas nem serei raptado por serafins" (v. 11).
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a)confirma as tendências contemporâneas, quando diz: "Entre eles, considero a enorme realidade" (v. 5).
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