A história e o tempo falarão por mim, descriminando responsabilidades. As afastar-me da vida pública quero apenas dizer aos brasileiros palavras de compreensão e de confiança nos seus juízos definitivos. Não tenho razões de malquerença para com as gloriosas forças armadas da minha Pátria, que procurei sempre prestigiar. Nenhum governo se esforçou mais do que o meu pelo seu fortalecimento. Nenhum outro cuidou tanto da sua preparação profissional, do selecionamento dos seus quadros, do seu aparelhamento material, da melhoria de suas condições de trabalho e conforto. Ao povo brasileiro procurei servir sempre, defendendo com intransigência as suas aspirações e legítimos interesses. Faço votos para que a serenidade volte aos espíritos e todos se compenetrem das tremendas responsabilidades do momento. Não guardarei ódios nem prevenções pessoais. Os trabalhadores, os humildes, aos quaes nunca faltei com o meu carinho e assistência – o povo, enfim, ha de me compreender. E todos me farão justiça. 30 Out. 1945 Carta de Getúlio Vargas ao povo brasileiro comunicando sua renúncia, suas preocupações para com os trabalhadores e razões de seu afastamento. Rio de Janeiro/CPDOC (Vol. XLVII/46a, 46b e 46c). *
Respostas
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Explicação:
Durante o governo de Getúlio Vargas, houve amplo investimento nas forças armadas do Brasil, como estratégia para ter apoio deste grupo social. Porém, não houve adesão do alto oficialato à política desenvolvimentista varguista devido ao perfil totalitário do presidente.
O populismo varguista teve como adversária a elite latifundiária paulista que articulou uma guerra civil e organizou o partido político – União Democrática Nacional – para fazer oposição ao projeto de estado capitalista e industrializado defendido por Getúlio Vargas.
A renúncia de Getúlio Vargas foi resultado de um processo de amadurecimento popular dos ideais democráticos, principalmente com o final da Segunda Guerra Mundial, no qual os regimes totalitários foram amplamente reprimidos.
Getúlio Vargas, com o intuito de obter o apoio popular, incentivou a organização dos trabalhadores assalariados através dos sindicatos que tinham ampla autonomia para se organizarem e lutarem pelo direito dos trabalhadores.
Apesar de que na época do governo de Getúlio Vargas o incentivo e o investimento nas forças armadas do Brasil para que conseguisse apoio desse grupo social fosse algo muito relevante, muitos dessa classe não aderiram a essa política.
Não aderiram pelo fato de que a política varguista estava possuindo um perfil totalitário e antidemocrático.
Desse modo, o populismo varguista teve como principal "inimiga" a elite latifundiária paulista e conservadora.
Por conta dessa pressão popular e insatisfação Vargas acabou renunciando, pois, seus ideais totalitários eram totalmente reprimidos.
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