LEIA OS POEMAS ABAIXO E FAÇA UM COMENTÁRIO SOBRE CADA UM, RELACIONANDO COM AS TEMÁTICAS DE ESTUDO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA.
Poesia ativa: o pão da educação!
A geografia é ativa e apraz quando se faz viva poesia, provocativa no indagar o pensar, olhar, agir sobre o mundo e derredor, buscando um sentido maior que abre a mente,e faz ver fundo: o que mente, o formal e o indecente... A reflexão que se quer agregar fala da geografia que desoculta ( aos olhos) tempos, espaços, territórios e paisagens abruptas, perdidas, roubadas,regradas, iludidas... Quer falar do profícuo e profundo galgar da ávida filosofia que abre as cortinas da vida em seu complexo deslizar... Nossa reflexão quer ser semente que planta outros dias em que as gentes terão o pão num mundo de mais valia: não a mais-valia que rouba sonhos, alegrias e produções, mas a mais valia da vida regada e saciada com o pão sagrado da educação. Geografia em poesias quer plantar reflexão pra repensar as correntes míopes ou cegas. E se encarrega de cultivos bem fecundos pra fazer (re)ver os mundos pelo crivo profundo de outras lentes. Quer plantar conhecimentos de olhares contundentes capazes de tecer, de repente, outras vigas, outras bases de vidas decentes pras gentes. (Poema extraído do livro "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos...)
Tempos e espaços
Os tempos se encontram, desencontram e se abraçam, se arranham, se enlaçam abrigando a torrente do heterogêneo existir. É, o existir, pluralidade dos tempos conviventes no regaço das correntes performáticas, animadas e enfáticas dos inúmeros espaços. O espaço é testemunha dos tempos complexos e banais que se aproximam, se definem, se afetam, se alinham nas fronteiras relacionais. Os tempos se animam, ou afastam seus frontais, se encaixam, desencaixam, se alastram pelo mundo transpassando todos portais. São, os espaços, descontínuos, seus regaços, nada formais, em figuras que se alargam se esfregam, se embargam sob formas desiguais. (Poema extraído do livro "Geografia em Poesias: tempos, espaços, pensamentos...)
O Lugar
Meu lugar é o meu paraíso se ali tenho o que
preciso e o que tenho, por simples que seja,
me faça viver, sonhar, sorrir, e pra mim seja
algo de profundo prazer e porvir.
Falo do gosto - na vida - de ter forças pra lutar,
pra abraçar o rosto do amanhecer, da tarde, do
anoitecer e de todos os (inumeráveis)
próximos - amigos,
alguns dos quais até apresento:
minha árvore, meus pássaros, meu riacho,
ou mesmo o singelo banco em que me sento,
onde por vezes até, refletindo, me acho...
É, o meu lugar é onde tenho os melhores laços.
É ele o melhor amigo,
o nosso mais fausto e prazeroso abrigo,
que pode ser a casa, a rua, a viela,
o boteco, a festa, ou mesmo a favela,
o roçado de trigo, o cavalo, a vaquinha amarela,
os pássaros, as galinhas, as ovelhas
e até o pôr do sol, com seu matizado arrebol,
ou ainda a dama-noite, cujas teias de fazer sonhar
encantam os namorados que, sob o frescor da
inefável brisa,
se dançam, se amam ao luar
sob a bênção das estrelas, estas, guias,
também fiéis amigas
da estrada, da gente que busca trilhas!
O nosso melhor lugar
é o que dá forças pra gente não parar,
mas, sim, com fé agarrar a lida,
e fazer o que a gente sente no peito,
fazer do nosso jeito, o que gosta
mesmo que não dê conta
de decifrar as luzes
e os incontáveis embustes e embates da vida
ou entender suas esdrúxulas e inesperadas
propostas, corridas, feridas, saídas...
Agora, pra ter senso de verdade,
a maior desgraça a enfrentar
é ser forçado a do amigo se apartar,
e precisar desfazer de tudo o que veio a ter na
vida pra alguns vinténs vir a ganhar,
a fim de buscar outro sobreviver.
Desgraça é ter que abandonar
o nosso mais íntimo modo de estar e ser
e, às vezes, sem saber pra onde ir,
(só de falar dá tristeza, nem gosto)
ter que partir pra qualquer outro locus habitar.
Desgraça é ter que se enveredar em um lugar
estranho,sem amanho, desconexo, talvez medonho
porque não é onde o sonho da gente quer morar,
simplesmente porque ali não é o nosso lugar...
(Poema extraído do livro "Geografia em Poesias: tempos, espaços, pensamentos...)
Falas da cidade
As pedras da cidade falam,
os prédios da cidade falam.
As pontes e fontes, limites e desafios.
cada um tem suas mensagens,
no silêncio falam sim!
As bocas da cidade falam,
os becos da cidade falam.
As praças e preços, os morros e rios,
cada um tem suas mensagens,
no silêncio falam sim!
As frentes da cidade falam,
as frestas da cidade falam,
as festas funerais, os muros e quintais,
cada um tem suas mensagens,
no silêncio falam sim!
Tem que ouvir a cidade,
ler suas falas escondidas nas paisagens,
pensamentos e sentidos da cidade.
(Poema extraído do livro "Geografia em
tempos, espaços, pensamentos...)
Respostas
respondido por:
0
Resposta:
Explicação:
Não sei
Perguntas similares
3 anos atrás
3 anos atrás
6 anos atrás
6 anos atrás
6 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás