• Matéria: Psicologia
  • Autor: xKleinBR
  • Perguntado 3 anos atrás

Estudo de caso

Analise o caso abaixo e, com base nos sintomas cognitivos, emocionais e comportamentais apresentados, na história de vida e familiar, bem como na resposta ao tratamento, aponte qual o diagnóstico mais provável desta paciente.

Justifique descrevendo os critérios diagnósticos atendidos, bem como qual o especificador (se houver).

A Sra. D., uma revisora de 24 anos de idade, solteira, que se mudou recentemente de um estado para o outro do país, vai consultar um psiquiatra para que este a ajude a continuar seu tratamento com um estabilizador do humor: lítio. Ela descreve como era, três anos atrás: uma estudante universitária bem-sucedida em seu último ano, com excelente aproveitamento acadêmico e um grande círculo de amigos de ambos os sexos.
Em meio a um período rotineiro durante o primeiro semestre (outubro de 2017), ela começou a se sentir deprimida; acabou tendo perda de apetite, com uma perda de peso de aproximadamente 4,5 kg; tinha problemas para adormecer e acordava cedo demais; sentia-se muito fatigada e sem valor, além de ter grande dificuldade para se concentrar em suas tarefas escolares. Depois de cerca de dois meses com esses problemas, eles aparentemente desapareceram, e ela começou a sentir que tinha cada vez mais energia, precisando de apenas 2 ou 3 horas de sono por dia, e que seus pensamentos estavam “acelerados”. Começou a ver significados simbólicos nas coisas, especialmente de cunho sexual, e passou a suspeitar que comentários inocentes em programas de televisão estavam se referindo a ela. Durante o mês seguinte, foi ficando cada vez mais eufórica, irritável e exageradamente loquaz. Ela começou a acreditar que havia um buraco em sua cabeça por meio do qual mensagens de radar lhe estavam sendo enviadas. Essas mensagens podiam controlar seus pensamentos ou produzir emoções de raiva, tristeza ou semelhantes, que estavam fora do seu controle. Ela também acreditava que seus pensamentos podiam ser lidos pelas pessoas à sua volta e que pensamentos estranhos de outras pessoas estavam se infiltrando em sua cabeça por meio do radar. Relatou que ouvia vozes, as quais às vezes falavam dela na terceira pessoa e, em outros momentos, pediam que realizasse vários atos, em particular de caráter sexual.
Os amigos, preocupados com seu comportamento incomum, levaram-na para a emergência, onde foi avaliada e admitida em uma unidade psiquiátrica. Após um dia de observação, a paciente começou a tomar um antipsicótico, olanzapina, bem como carbonato de lítio. Ao longo de aproximadamente três semanas, experimentou uma redução bastante rápida em todos os sintomas que a tinham trazido ao hospital. A olanzapina foi gradualmente reduzida e, então, descontinuada. Depois disso, ela passou a tomar apenas carbonato de lítio. Ao receber alta, após seis semanas de hospitalização, não apresentava mais nenhum dos sintomas informados na sua admissão. Entretanto, percebeu que estava experimentando uma hipersonia leve, dormindo cerca de 10 horas por noite; perda de apetite; e sensação de estar “mais lenta”, a qual era pior pela manhã.
Ela recebeu alta e foi morar com alguns amigos. Cerca de oito meses após essa alta, a Sra. D. teve seu tratamento com carbonato de lítio descontinuado pelo psiquiatra da clínica de saúde mental da universidade. Ela continuou se saindo bastante bem nos meses seguintes, porém logo começou a experimentar um reaparecimento gradual de sintomas semelhantes àqueles que provocaram sua primeira hospitalização. Os sintomas pioraram e, após cerca de
duas semanas dessa piora, ela foi readmitida no hospital (segunda internação) com sintomas quase idênticos aos que tinha quando foi admitida pela primeira vez. Após poucos dias dessa segunda internação, a Sra. D. respondeu à olanzapina e ao lítio; e, mais uma vez, a olanzapina foi gradualmente descontinuada, ficando apenas com o lítio. Como aconteceu na primeira hospitalização, que ocorreu há pouco mais de um ano, na ocasião dessa segunda alta ela apresentou novamente um pouco de hipersonia, perda de apetite e sensação de estar “mais lenta”.
No último ano, dando continuidade ao tratamento com lítio, ela se viu livre de sintomas e com um funcionamento bastante bom, conseguiu um emprego no mercado editorial e, mais recentemente, mudou-se para uma nova cidade, a fim de progredir na carreira.
O pai da Sra. D., quando estava na faixa dos 40 anos, passou por um episódio grave de depressão, caracterizado por hipersonia, anorexia, retardo psicomotor profundo e ideação suicida. Sua avó paterna cometeu suicídio durante o que também pareceu ser um episódio depressivo.

Respostas

respondido por: mayannasousa2
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Resposta:também quero saber a resposta

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respondido por: conceicaomirandda
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