• Matéria: Português
  • Autor: Andrielesilvaba
  • Perguntado 3 anos atrás

ME AJUDEM
Os cães — Lutar... o essencial é que lutes. Vida é luta. Vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal. Daí a pouco demos com uma briga de cães; fato que aos olhos de um homem vulgar não teria valor. O Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois. Notou que ao pé deles estava um osso, motivo da guerra, e não deixou de chamar a minha atenção para a circunstância de que o osso não tinha carne. Um simples osso nu. Os cães mordiam-se, rosnavam, com o furor nos olhos... O Quincas Borba meteu a bengala debaixo do braço, e parecia em êxtase. — Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. Quis arrancá-lo dali, mas não pude; ele estava arraigado ao chão, e só continuou a andar, quando a briga cessou inteiramente, e um dos cães, mordido e vencido, foi levar a sua fome a outra parte. Notei que ficara sinceramente alegre, posto contivesse a alegria, segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar a beleza do espetáculo, relembrou o objeto da luta, concluiu que os cães tinham fome; mas a privação do alimento era nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de recordar que em algumas partes do globo o espetáculo é mais grandioso: as criaturas humanas é que disputam aos cães os ossos e outros manjares menos apetecíveis; luta que se complica muito, porque entra em ação a inteligência do homem, com todo o acúmulo de sagacidade que lhe deram os séculos etc. ( Machado de Assis) 08. O que comprova a condição de filósofo de Quincas Borba não é a natureza do observado, mas a natureza do observador. Justifique essa afirmativa com uma frase do texto. 09. Que tipo de reflexão a cena desperta em Quincas Borba? ​

Respostas

respondido por: Toddyzin9
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Resposta:

transitivo direto e indireto, intransitivo, transitivo direto.

Explicação:

confia

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