Montgomery (2004) define que qualidade é inversamente proporcional a variabilidade, e a melhoria da qualidade é a redução da variabilidade nos processos e produtos. A expressão “Controle da Qualidade” foi utilizada pela primeira vez em um artigo denominado The Control of Quality, publicado pela revista Industrial Management, v. 54, p. 100, 1917, de autoria de G. S. Radford. Já para Prazeres (1996), controle da qualidade é definido como um conjunto de atividades planejadas e sistematizadas que objetivam avaliar o desempenho de processos e a conformidade de produtos e serviços com especificações e prover ações corretivas necessárias.
Para avaliar a qualidade de um produto ou serviço, se faz necessária a utilização de métodos estatísticos. O pioneiro no uso de métodos estatísticos em problemas industriais foi Shewhart (Werkema, 1995) que, nos laboratórios da Bell Telephone, coordenou uma série de pesquisas que levou à inspeção de peças de equipamentos de centrais telefônicas.
A partir do século XX, os métodos estatísticos foram desenvolvidos como uma mistura de ciência, tecnologia e lógica para a solução e investigação de problemas em várias áreas do conhecimento humano (Stigler, 1986).
RAMOS, Edson Marcos Leal Soares. Controle estatístico da qualidade [recurso eletrônico] / Edson Marcos Leal Soares Ramos, Silvia dos Santos de Almeida, Adrilayne dos Reis Araújo. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013.
Com relação ao contexto apresentado, suponha que você seja o (a) responsável pelo controle de qualidade em uma estação de tratamento de água. Você irá propor um controle para o processo de análise de água e, para isso, nada melhor do que recorrer a algumas ferramentas da qualidade! Assim, siga as etapas a seguir para começar a colocar sua tarefa em prática.
PRIMEIRA ETAPA – ELABORAÇÃO DE CARTA DE CONTROLE
O tratamento de água possui alguns parâmetros que determinam a sua qualidade, e um deles é o cloro residual livre. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a concentração de cloro residual livre na água deve estar entre 0,2 a 2,0 mg/L, ou seja, este é o limite de especificação determinado pela legislação.
De posse desses conhecimentos, para garantir que seu processo atenderá às especificações da legislação, a empresa calculou os limites de controle para a média do processo e encontrou os valores de 0,4 a 1,8 mg/L.
Na Tabela 1, estão disponíveis as médias resultantes de cada uma das 30 amostras realizadas para a análise de água no último mês.
Sua tarefa para isso é construir um gráfico de controle da média a partir dos valores da tabela 1 e dos limites conhecidos, para poder julgar se, sob o quesito ‘exatidão’, o processo está sob controle ou não. Atenção: os limites que você deve utilizar são os Limites de Controle, afinal o que você quer verificar é se o *processo* está ou não sob controle!
Tabela 1 - Cloro residual livre mg/L (média)
Amostra Cloro residual livre (mg/L) (média)
1 1,1
2 1,6
3 0,8
4 0,4
5 1,4
6 1,7
7 1
8 1,3
9 1,8
10 0,3
11 0,9
12 1
13 2,3
14 2,6
15 2,1
16 2,8
17 2,4
18 1,3
19 2,1
20 2,5
21 2,6
22 1,7
23 1,3
24 2,4
25 2,2
26 1,6
27 2,1
28 2,2
29 2,6
30 2,3
SEGUNDA ETAPA – FERRAMENTA PARA ANÁLISE DE CAUSA
A diretora da empresa deseja saber se, sob o quesito analisado, o processo está ou não sob controle e, no caso de não estar, quer saber o que está sendo feito para reverter a situação.
Assim, sua tarefa é dizer se, sob o quesito analisado, o processo está ou não sob controle e também citar qual das sete ferramentas da qualidade tem como principal função levantar possíveis causas de problemas.
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