Em meados do século passado, a filósofa Hannah Arendt cunhou a expressão “banalidade do mal” para ilustrar a maneira como determinadas ideias de ódio se disseminaram na sociedade alemã durante o regime nazista. Todavia, a eminente pensadora jamais imaginaria que, décadas mais tarde, com o advento das redes sociais, o mal seria banalizado a níveis estratosféricos e, pior ainda, passaria a ser motivo de orgulho para muitos indivíduos.
Isoladamente, seja por receio de repúdio social ou autocensura, um sujeito não expõe certas ideias preconceituosas, guardando-as para si mesmo. Já a partir do momento em que ele acessa a internet e entra em contato com outras pessoas que assumem posições tão equivocadas quanto as suas, ele se fortalece e passa a não mais temer a possibilidade de revelar os aspectos mais obscuros de sua personalidade.
Em nossa contemporaneidade, bastam um mouse, um computador e um perfil nas redes sociais para reverberar o ódio em escala global. No ano passado, uma jovem foi vítima de estupro coletivo em uma comunidade carente do Rio de Janeiro. Como reação ao ocorrido, não faltaram frases nas redes sociais para “justificar” essa crueldade: “Ela é mulher de traficante”, “Ela procurou”, “Se estivesse em casa não aconteceria isso”, “Usava roupas curtas”, “Foi merecido”, entre outras colocações demasiadamente preconceituosas. Ou seja, colocou-se toda a culpa na vítima, não nos agressores. Um total desprezo pela condição feminina. E, o pior: muitas vezes essas agressões verbais partem das próprias mulheres.
Vocabulário
Eminente – que se destaca por sua qualidade ou importância
Estratosférico – muito elevado; astronômico
O trecho que evidencia o posicionamento defendido pelo articulista é:
A)
“(...) ideias de ódio se disseminaram na sociedade alemã durante o regime nazista.”
B)
“(...) com o advento das redes sociais, o mal seria banalizado a níveis estratosféricos (...).”
C)
“(...) “Ela é mulher de traficante”, “Ela procurou”, “Se estivesse em casa não aconteceria isso (...)”.
D)
“(...) uma jovem foi vítima de estupro coletivo em uma comunidade carente do Rio de Janeiro.”
Respostas
Resposta:
b)"(...)com o advento das redes sociais,o mal seria banalizado a níveis estratosféricos(...)."
eu acho que é essa
O trecho do texto que torna evidencia o posicionamento defendido pelo articulista é o da LETRA B:
“(...) com o advento das redes sociais, o mal seria banalizado a níveis estratosféricos (...).”
No artigo em questão, sobre a banalização do mal, o autor (articulista) acredita que essa banalização a níveis estratosféricos ocorreu devido ao advento das redes sociais.
É chamada de articulista a pessoa escreve artigos de revistas, artigos de jornais, etc. Essa pessoa possui um ponto de vista e defende-o no decorrer do texto.
Um artigo de opinião traz o ponto de vista do articulista (ou dos articulistas) a respeito de determinado assunto. Esse ponto de vista, a opinião do autor, é chamado de tese.
Leia também:
- https://brainly.com.br/tarefa/28104504
Bons estudos!