Lendo o poema de Manoel Barros em voz alta, uma das impressões que podemos ter é a de uma prece, uma reza. Há um verso do poema que pode nos ajudar a confirmar essa impressão. Anote-o em seu caderno.
Texto: Alegres campos, verdes arvoredos
Alegres campos, verdes arvoredos,
claras e frescas águas de cristal,
que em vós os debochados ao natural, discorrendo da altura dos rochedos;
Silvestres montes, astros penedos,
compostos em concerto desigual,
sabei que, sem licença do meu mal,
já não podeis fazer olhos ledos.
E, pois me já não vedes como vistes,
não me alegrem verduras deleitosas,
nem águas que correndo alegres vêm.
Semearei em vós lembranças tristes,
regando-vos com lágrimas saudosas,
e nascerão saudades de meu bem.
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Resposta : Eu não sou digno de receber no meu corpo os orvalhos da manhã
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regando-vos com lágrimas saudosas
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