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Na África Subsaariana a atividade rural está voltada para a exportação, por isso existe um grande número de lavouras monocultoras de produtos tropicais.
O sistema de plantations, ou seja, culturas tropicais que ocupam grandes extensões de terra, é um modo de produção introduzido pelos colonizadores europeus na segunda metade do século XIX. Na contemporaneidade essa prática continua sendo desenvolvida em enormes propriedades rurais, que não são de propriedade dos povos nativos, pelo contrário, pertencem a empresas estrangeiras ou a ricos fazendeiros brancos de descendência europeia.
A agricultura monocultora praticada usufrui das terras mais férteis. Diferente da agricultura de subsistência desenvolvida na África Islâmica, que não possui recursos tecnológicos ou mão-de-obra assalariada.
Na África Subsaariana a agropecuária ocupa grandes propriedades rurais, nelas são realizadas aplicações de insumos agrícolas (fertilizantes, agrotóxicos) e a força de trabalho é executada por trabalhadores assalariados, quase sempre mal remunerados.
Essa atividade agrícola abrange uma extensa área que parte do sul do Sahel e vai até a parte central do continente. As monoculturas são desenvolvidas em áreas de Savanas e florestas tropicais. Essas coberturas vegetais são provenientes de clima tropical, sendo assim, o percentual de chuvas é mais elevado que a parte norte do continente, a umidade permite o cultivo de culturas tropicais, como café, cana-de-açúcar, amendoim, algodão, chá, banana, abacaxi e cacau. Os países produtores têm a base de suas economias vinculadas à comercialização dos mesmos.
A produção monocultora produz reflexos sociais negativos, isso acontece porque o cultivo de alimentos (inhame, mandioca, sorgo e milhete), que fazem parte da dieta local, não é produzido para dar lugar a produtos de exportação. Por não serem auto-suficientes na produção de alimentos, esses países são obrigados a importar, o que agrava ainda mais os problemas ligados à fome.
Quanto à produção pecuária, essa porção da África ainda não tem se despontado, essa prática limita-se a ser desenvolvida nas proximidades do Sahel, onde são criados animais de pequeno porte, como ovinos e caprinos. A criação de gado tem sido comprometida em razão de doenças que atingem o rebanho, como febre aftosa, doença do sono e a brucelose.