relacione a situação da mulher medieval com mulheres do século 21. Que mudanças ocorreram e quais ainda precisam ser feitas?
Respostas
Explicação:
Costumamos ter a visão de que, no mundo medieval, a mulher era submissa à figura masculina, quer no lar, quer fora dele, isto é, nos trabalhos realizados nas cidades ou no campo, ou ainda nas esferas eclesiásticas. Essa ideia nasceu de um preconceito muito comum: o de se achar que, por ter sido uma sociedade orientada pela religião cristã católica, a figura da mulher estaria diretamente associada ao pecado, seja pela narrativa do Gênesis, em que se tem Eva como aquela que induz Adão a pecar, seja pelo corpo feminino, que poderia levar à concupiscência e à luxúria.
Mas o fato é que as categorias de compressão da Igreja Católica, desde suas raízes no cristianismo primitivo, nunca atribuíram à mulher nenhuma condição de inferioridade ou de detenção do pecado em relação ao homem. O cristianismo compreende que o ser humano, tanto a mulher quanto o homem, está exposto ao mal, porque é livre – tem liberdade para aceitar ou negar o bem, a graça. Desse modo, nas esferas social e eclesiástica da Idade Média, como os homens, as mulheres possuíam um grande trânsito. A sociedade não lhes negava espaço a partir de determinações político-religiosas, como bem nota a historiadora Regine Pernoud, no livro “O Mito da Idade Média”:
[…] certas mulheres desfrutaram na Igreja, e devido à sua função na Igreja, dum extraordinário poder na Idade Média. Algumas abadessas eram autênticos senhores feudais, cujo poder era espeitado de um modo igual ao dos outros senhores; algumas usavam báculo, como o bispo; administravam muitas vezes vastos territórios com aldeias, paróquias.
Além da grande influência na esfera eclesiástica, as mulheres também tinha lugar de destaque fora das abadias e conventos. Prossegue Pernoud:
“Nos atos notariais é muito frequente ver uma mulher casada agir por si própria, abrindo, por exemplo, uma loja ou um negócio, e isto sem ser obrigada a apresentar uma autorização do marido. Finalmente, os registros das derramas (nós diríamos os registros dos recebedores), quando nos foram conservados, como é o caso de Paris, no fim do século XIII, mostram uma multidão de mulheres que exerciam profissões: professora, médica, boticária, educadora, tintureira, copista, miniaturista, encadernadora, etc.”
No que se refere à questão das práticas mágicas, feitiçaria, bruxaria, etc., a figura da mulher estava, sim, diretamente relacionada. Isso acontecia em virtude das misturas culturais entre ritos pagãos, de origem romana e germânica, e concepções do cristianismo popular sobre os demônios, ou entidades inferiores. O culto pagão da fertilidade, por exemplo, tinha grande lastro na Idade Média. Contudo, os surtos persecutórios às mulheres identificadas como “bruxas” partiam mais da população que procurava “bodes expiatórios” para explicar algum desastre natural, como secas, enchentes, peste, etc., e menos da Igreja e da Inquisição. A Inquisição, aliás, nasceu como forma de contenção dos linchamentos públicos que eram levados a cabo contra alguém acusado de heresia.
Boa parte das brasileiras trabalham fora, mais de 50 % que ao final da década de 60. Casamento e filhos vao sendo empurrados para frente em busca do sucesso profissional. Essa realização atinge seu pico depois dos 40 anos quando essas mulheres sentem que o momento de serem mães ficou pra traz. Quanto mais bem sucedidas forem mais elas tem se encorajado e desviado do conceito que sempre foi visto como destino inescapável das mulheres.
Para os filósofos existencialistas diferente do que acontece com os animais nada ou quase nada pode ser considerado natural no ser humano, então ser mãe não é tão natural assim para algumas mulheres. Mulheres que não davam filhos a seus maridos eram consideradas e se sentiam incompletas e quem já não ouviu aquela bendita frase de algumas mulheres : “que tenho quase tudo só falta um filho”?! isto vem sendo mudado e podemos ver mulheres em plena satisfação pessoal sem filhos. Embora ainda iremos ver muitas mulheres bem sucedidas, casadas e com filhos. Famílias sem filhos jamais serão maioria nas estatísticas. O demógrafo tomas Sobotka diz: “ não vejo nenhuma força que estimule homens e mulheres do mundo atual a retornar ao antigo padrão de famílias numerosas.” E isso também não deve ocorrer, pois no Brasil a media nacional é de 1,9 filho por mulher, quando a media do índice de reposição é de 2,1 por mulher.
Pesquisadores já estão estudando as consequências que esse fator poderá causar, caso esse dado continue crescendo, desestabilização dos sistemas previdenciários com o aumento de idosos é uma consequência, mas também há um fator positivo com menos crianças pode-se investir mais e melhor em cada uma delas, dai surge o desafio fazer mais com menos gente.