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Quem tem interesse pelo setor de transportes, busca um curso superior e está na dúvida entre Arquitetura ou Engenharia deve conhecer as diferenças existentes na prática dessas áreas.
Segundo o professor Rivail Vanin de Andrade, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo, os arquitetos trabalham mais focados no espaço urbano, a partir de uma visão mais ampla de mobilidade. Na implantação de um metrô, por exemplo, são eles que definem por onde a linha deve passar. Já os engenheiros, especialmente os especializados em tráfego e transportes, lidam com situações relacionadas ao fluxo de passageiros e métodos para solucionar problemas pontuais.
Trabalho
Em relação ao mercado de trabalho para os próximos anos, Andrade é otimista. "O número de pessoas que precisa circular pelas vias públicas cresce cada vez mais e isso exigirá mais profissionais pensando no problema", diz. Além dos órgãos públicos, o professor lembra que em grandes projetos, como o do metrô, é comum a contratação de empresas privadas de assessoria técnica, em que arquitetos e engenheiros também podem atuar.
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Falar em mobilidade urbana está em alta nas grandes cidades, especialmente nas capitais brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014 e Curitiba é uma delas. A implantação do lendário metrô e as constantes manifestações exigindo que a malha cicloviária curitibana seja ampliada atraem as atenções de muitos estudantes, principalmente daqueles que pretendem ir além do debate e agir como profissionais na área.
Na capital paranaense, as principais entidades responsáveis pela gestão e pelo planejamento viário e de tráfego da cidade são o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs). Naturalmente, as duas entidades são as que mais empregam profissionais interessados pelo setor.
Segundo o engenheiro civil e assessor técnico do Ippuc José Alvaro Twardowski, no que diz respeito à mobilidade urbana, a principal diferença entre os dois órgãos é: enquanto o Ippuc trabalha com o planejamento mais amplo da cidade, a Urbs gerencia o transporte e o trânsito, atuando de forma mais pontual.
Todas as grandes obras que afetam a circulação de pessoas na cidade são criadas e desenvolvidas dentro do Ippuc. Na equipe técnica, engenheiros civis e arquitetos urbanistas são a maioria, mas muitos projetos exigem o trabalho conjunto de profissionais das áreas de informática, engenharia elétrica e eletrônica. A implantação de novos semáforos ou radares são exemplos dessa atuação coletiva.
Gestão
Na Urbs, a variedade de profissões que atuam diretamente com a mobilidade urbana é ainda maior. Além dos sempre presentes arquitetos e engenheiros, os trabalhos também são desempenhados por especialistas em gestão pública, administradores e até pedagogos, responsáveis por um setor dedicado exclusivamente à educação no trânsito.
De acordo com a gestora do Departamento de Gestão de Pessoas da Urbs, Ana Cristina Moro Milléo, contratações por concurso público na empresa de economia mista seguem uma frequência quase anual sempre com vagas para quem possui curso superior. Além dessa forma de acesso, há grande oportunidade de estágios, o que também ocorre no Ippuc.
Com a recente criação da Secretaria de Trânsito em Curitiba, novas vagas deverão ser criadas no setor público. O universitário que deseja contribuir para a melhoria da circulação de pessoas e veículos na cidade deve ficar atento.