Qual sera a opinião de um cronista, que viveu a virada do seculo XX, sobre a ortográfica da língua portugues?.
Respostas
Resposta:
pesquisa
Explicação:no safari
Resposta:Tenho diante dos olhos uma carta em que me perguntam o que penso da questão ortográfica. Não sei por
que não me perguntam o que penso também do último eclipse do sol ou da candidatura do general Taft à
presidência dos Estados Unidos!
Tenho medo que me pelo das questões gramaticais, e é por isso que passo de largo quando brigam dois
gramáticos. Se brigam três, não saio de casa.
Aqui há tempos, o Dr. Fausto Maldonado publicou em Carangola uma interessante brochura intitulada
Ortografia portuguesa e mandou-me um exemplar, acompanhado de uma carta, dizendo-me que no prefácio da
2º edição responderia à minha crítica. Tanto bastou para que eu não escrevesse nada sobre o livrinho, que, aliás,
me proporcionou algumas horas de prazer intelectual. Nada! Com gramáticos não quero eu brigas!
Nunca me hei de esquecer da célebre questão "faz - fazem", que, há uns trinta anos,
ou mais, se agitou no Maranhão, a terra em que os gramáticos mais proliferam.
Lembrou-se alguém de perguntar: Como se deve dizer: "fazem hoje dois anos" ou "faz
hoje dois anos"?
Apareceram vinte respostas contraditórias: uns opinavam por "fazem", outros por
"faz"; estes afirmavam que se podiam empregar ambas as formas; aqueles opinavam que
nenhuma delas era correta.
Essa diversidade de opiniões deu lugar a uma discussão que durou longos meses. A
princípio, nenhum dos contendores saiu do terreno da urbanidade e da boa educação, mas
não tardaram as invectivas, os doestos e, finalmente, as injúrias.
Imaginem se tratasse de uma questão [...] como a da reforma ortográfica!
[...] Entretanto, reconhecendo embora a conveniência de simplificar e uniformizar a
ortografia portuguesa, não faço, pessoalmente, questão de sistema. Desde que eu
entenda o que está grafado, e haja boa sintaxe, o resto pouco me importa — tanto me faz
o "f' como o "ph".
A simplificação ortográfica obedece a uma lei fatal da natureza, a lei do menor
esforço, que tende a simplificar todas as coisas; tempo virá em que, quer queiram, quer
não queiram, todas as palavras serão representadas pelo menor número possível de letras
e sinais
Explicação:Esse é o texto