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o papel do rádio como instrumento importante de propaganda política no governo de Getúlio Vargas, principalmente no período do Estado Novo. O rádio chegou ao Brasil na década de 1920 com objetivos educativos. Nessa primeira década poucas rádios foram inauguradas, pois eram custeadas por pessoas que pagavam mensalidades para a manutenção. Na década seguinte, com a regulamentação da publicidade por Getúlio Vargas, o rádio começa a ganhar um perfil mais comercial, profissional e especializado, com venda de produtos e atrações. Em todo o período que esteve no poder, Vargas viu o rádio como um grande aliado, pois este era uma ferramenta de comunicação de massa já bastante utilizada por líderes da Alemanha e da Itália na época. Ele inaugura os informativos governamentais obrigatórios no rádio que sobreviveram até os dias atuais. O rádio na Era Vargas contribuiu em protestos de oposição, e foi também através dele que o Presidente anunciou o Estado Novo, em 1937. Em 1942, quando Marcondes Filho é escolhido como Ministro do Trabalho, Vargas tenta uma maior aproximação com os trabalhadores brasileiros, que se organizavam em sindicados, e designa este ministro como porta-voz para ministrar palestras radiofônicas a fim de divulgar seus feitos e aumentar sua popularidade enquanto líder absoluto da Nação, mantendo uma linha o mais próximo possível entre governo e trabalhadores. Ao analisar os elementos de propaganda desses discursos proferidos pelo Ministro no programa A Hora do Brasil, conclui-se que as mensagens eram produzidas no sentido de reforçar a imagem do patriarca protetor e ―pai dos pobres‖ do Presidente e o sentimento nacionalista que o manteve no poder, assim como fortalecer o elo entre seu governo e a população que estava mais distante da capital do país.
Resposta:
Resumo:
[■O artigo procura discutir as políticas públicas estruturadas
para a produção cinematográfica durante o governo de Getúlio
Vargas, entre os anos de 1930 a 1945, período compreendido como a
Era Vargas.
Para tanto, analisamos como os intelectuais e artífices,
especialmente os membros do movimento
Modernista, influenciaram
nos ideais do Estado na construção de uma nova identidade nacional e
como o cinema assumiu um caráter pedagógico, se tornando
importante instrumento de propaganda e difusor da ideologia
nacionalista, sobretudo, após a implantação da ditadura do Estado
Novo em 1937.■]
Introdução
O governo de Getúlio Vargas transformou profundamente a
sociedade brasileira no decorrer das décadas de 1930 e 1940,
atingindo proporções até então inéditas na história do Brasil.
Vargas
ao romper com os poderes políticos regionais, sobretudo, das
oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, após a “Revolução de
1930”, passou a desenvolver um novo regime econômico, político e
social. Construindo novos valores ideológicos nas relações entre o
Estado e a sociedade, na tentativa de criar uma visão de país uno,
através de medidas nacionais de desenvolvimento que envolviam
todos os setores estatais.
Nesse sentido, a produção artística e cultural adquiriu um novo
status na divulgação, consolidação e legitimação desse projeto
nacional.
Assim sendo, este artigo propõe uma reflexão acerca das
relações entre o Estado e a produção fílmica na Era Vargas (1930-
1945), período marcado pelas primeiras iniciativas de intervenção do
Estado na produção e no mercado cinematográfico.
Nesse âmbito, o estudo centra-se no papel que o cinema
adquiriu dentro do projeto nacionalista.
Logo, é necessário ponderar
que a intervenção do Estado na esfera cultural está relacionado ao
regime autoritário empreendido por Vargas, característica que
influenciou diretamente nas políticas públicas desenvolvidas para o
cinema nacional, o qual passou a ser apreendido através de um caráter
político e pedagógico, utilizado como meio de comunicação e veículo
de propaganda, responsável pela instrução da população, reforçando
os valores nacionais e legitimando a figura do Presidente da
República, Getúlio Vargas.
Portanto, se faz necessário destacar o contexto histórico de
formação dessas políticas, bem como, a participação dos artífices e
intelectuais, em especial do movimento Modernista, na consolidação
do regime e dos valores nacionais defendidos pelo Estado Getulista.
Explicação: