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5) A mitologia grega conta a história de Sísifo, personagem que enganou Tânatus, a morte, por três vezes. Sísifo foi condenado a empurrar uma pedra gigante montanha acima. O que o escritor Albert Camus quis dizer com a seguinte frase: "Este universo sem mestres não parece nem estéril nem fútil (...) A própria luta em direção às alturas basta para satisfazer o coração do homem. Temos que imaginar Sísifo feliz."
6) Interprete o seguinte trecho: o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define (...) será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. O homem é tão somente, não apenas como ele se concebe, mas como ele se quer após esse impulso para a existência (...) aquilo que se projeta num futuro, e que tem consciência disso (...) se realmente a existência precede a
essência, o homem é responsável pelo que é.
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Respostas
Resposta:
5) Por que é preciso imaginar Sísifo Feliz? Mesmo que aparentemente a existência não tenha sentido e pareça ser uma eterna condenação, temos de nos imaginarmos felizes. Diante do absurdo temos três opções: Conviver com ele, aceitar a morte ou ter esperança. Mas é claro, o suicídio nunca será a resposta, temos de combater o absurdo, pois ele é inevitável. "Não há castigo mais terrível que o trabalho inútil e sem esperança" (CAMUS, p. 192).
Explicação:
Albert Camus, em sua obra o Mito de Sísifo nos traz a relação entre o absurdo e o suicídio. O absurdo nada mais é que o resultado da relação Homem X Mundo. É a sensação de querer encontrar um significado ou proposito neste cenário que nos parece irracional e até caótico. Camus dirá que de fato, não existe um proposito, portanto, temos de aceitar o absurdo. Portanto, conseguimos encontrar semelhanças entre Sísifo e o Homem, vivemos num ciclo que aparentemente é torturante, sem significado, vazio, mas é importante aceitarmos que não há um proposito, não podemos criar algo sem esse eterno rolar de pedras, a construção em si precisa de um sacrifício, precisamos combater o absurdo. Precisamos nos imaginarmos felizes, mesmo num cenário absurdo, sem sentido e caótico.
Resposta:
6) "Se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é". Jean-Paul Sartre é o autor do trecho e representante do existencialismo. O existencialismo é uma corrente filosófica que faz uma investigação da existência, mas principalmente da existência humana. A diferença crucial que distingue a existência de algo da existência humana, é que essa existência é consciente de si mesma. “A existência precede a essência” O homem é liberado de toda referência a um deus criador, além disso de toda natureza imutável. O homem não tem nenhuma característica fixa a Priore numa essência, logo tudo aquilo que o homem será, será a partir de uma escolha e não de algo preestabelecido ou pré-determinado.
Explicação:
O homem está condenado a ser livre. A liberdade e a única característica intransponível do homem, nada é dado a existência humana de tal sorte que ela seja determinada. As circunstâncias naturais e históricas não nos permitem escapar a liberdade. Sempre escolhemos o que fazemos dela e consequentemente sempre temos de escolher aquilo que seremos. Somos totalmente responsáveis pelos nossos atos e por aquilo que somos, mas essa responsabilização não e apenas por nós mesmos, mas também pelo conjunto de outros seres humanos. Nenhum valor é dado a piore, nem mesmo pela razão humana, aqui existe o confronto entre Sartre e Kant. Para Kant os valores são dados pela razão, para Sartre os valores que orientam a nossa vida não possuem um fundamento último se não aquele que nos mesmos damos de forma livre.
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