Incas
Porque tantos sistemas de crenças trazem a história do dilúvio em suas tradições?
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Resposta:
Em muitas civilizações ao longo da História, há um mito que se repete: a destruição da humanidade por um dilúvio. Ele pode ser provocado por chuvas torrenciais, enchentes avassaladoras, ondas marinhas gigantescas ou pelo afundamento de continentes debaixo do mar (como o mito de Atlântida). É uma catástrofe enviada por deus ou pelos deuses para punir a humanidade por suas faltas morais ou religiosas, e sua desobediência às regras e leis.
Para além do dilúvio bíblico da tradição hebraica, há relatos mais antigos como os dilúvios das epopeias mesopotâmicas de Atrahasis e Gilgamesh, passando pelo mito hindu de Manu, pelo grego de Deucalião e pelo inca de Viracocha – que examinamos a seguir. Há ainda, relatos de dilúvio nas mitologias nórdica, irlandesa, egípcia (realizado pela deusa leoa Sekhmet), chinesa, aborígene australiana, polinésia e, na América, entre os maias, muíscas, mapuches e hopis.
O dilúvio, contudo, nunca é o fim definitivo da humanidade. É sempre seguido de uma nova humanidade e de uma nova história. Extingue os maus, os pervertidos e os desobedientes. O dilúvio purifica e regenera como se fosse um batismo coletivo decidido por uma consciência superior e soberana (Deus ou deuses). Lembra da finitude do ser humano e restabelece os vínculos do homem com a divindade.
De modo geral, as pessoas têm três visões sobre o dilúvio:
acreditar que ele aconteceu conforme é transmitido por sua fé religiosa;
acreditar que é apenas um mito e nunca aconteceu;
acreditar que ele deriva de um ou mais eventos reais, posteriormente ampliados e / ou mitificados
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