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Resposta:
Após o declínio da cana-de-açúcar, o Nordeste acabou perdendo o posto de região concentradora de poder e riquezas, mas os engenhos de cana acabaram deixando um legado de práticas políticas que resistem até os dias atuais, com a imposição de interesses de famílias tradicionais e grupos ligados ao agronegócio, envolvendo a concentração de terras e de riquezas. Apesar de a seca ter causas naturais, seus efeitos são agravados pela “indústria da seca”, que corresponde aos interesses das oligarquias locais, aumentando a concentração de renda e perpetuando práticas como o coronelismo.
Durante o ciclo da borracha ocorrido na Amazônia, ao final do século XIX, a região Nordeste começou a conhecer uma das suas características mais marcantes: uma área de repulsão populacional. Centenas de milhares de nordestinos, em sua maioria fugindo do flagelo da seca, dirigiram-se para as zonas de extração do látex, em especial nos estados do Pará e Amazonas.
Como o Sul e Sudeste passaram a concentrar as atividades econômicas mais relevantes e as principais decisões políticas de âmbito nacional a partir de meados do século XIX, coube ao Nordeste a manutenção de uma realidade agrária, com forte atraso econômico e estrutural.
Explicação:
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