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Resposta:
Os patrícios eram em Roma a classe mais prestigiada, a aristocracia com raízes mais antigas, opondo-se aos plebeus. ... Os patrícios tinham um grande poder também na esfera religiosa, visto que podiam ser hereditários os cargos com maior peso, como o de áugure.
Explicação:
Os patrícios eram em Roma a classe mais prestigiada, a aristocracia com raízes mais antigas, opondo-se aos plebeus. A classe dos patrícios, da qual constavam famílias (ou gens) como as dos Servílios, Júlios, Cláudios, Emílios, Fábios e Cornélios, teve origem nos cidadãos que se notabilizaram na época anterior à monarquia, permanecendo o prestígio durante a República e o Império. Era comum fazer uma manipulação da árvore genealógica para conferir legitimidade, credibilidade e poder à família através da inserção de deuses, heróis e personagens notáveis (Júlio César, por exemplo, considerava-se descendente da deusa Vénus). Nos princípios da República, o Senado era constituído apenas por patrícios, nome que se tornou generalista apesar de ter derivado do título daqueles que, não sendo patres familias, eram seus familiares (denominados, em latim, patricii). Inicialmente detentores de muitos privilégios e direitos, foram sendo destituídos dos mesmos no decorrer da República, enquanto que os pertencentes à plebe, apesar de nunca poderem aspirar a possuir o mesmo prestígio que os que descendiam de famílias patrícias, foram ganhando direitos e poder económico e sobrepuseram-se aos patrícios sempre que possível na vida pública. Postos como os de Interrex e Princeps Senatus, senatoriais, e os religiosos de Flamen Dialis e Rex Sacrorum apenas podiam ser ocupados por patrícios. Havia famílias mais antigas que outras (os Júlios eram mais antigos que os Cláudios), aumentando o prestígio com a antiguidade. O sistema de casamento que era usado nesta classe denominava-se confarreatio, que cerceava o poder de emancipação da mulher (contrastante com a liberdade que as mulheres plebeias possuíam devido ao controlo sobre os seus bens) e normalmente durava a vida inteira, não sendo o divórcio uma opção bem vista. Um dos grandes poderes dos patrícios residia no facto de poderem ter clientes, ou seja, homens livres que se acolhiam à proteção de um protetor (patrício) e em troca ficava obrigado a apoiar e favorecer o patrono em todos os aspetos que estivessem ao seu alcance. Os patrícios tinham um grande poder também na esfera religiosa, visto que podiam ser hereditários os cargos com maior peso, como o de áugure.