Durante o período Regencial (1831-40) ocorreram no Brasil várias rebeliões provinciais, expressões, ao mesmo tempo, das lutas das elites pelo poder local e por maior autonomia das províncias, e da marginalização das camadas populares, empobrecidas e excluídas da participação política.
O samba-enredo da Mangueira de 2019 – “História para ninar gente grande” – trouxe à luz do grande
público uma dessas revoltas que, por muito tempo, ficou silenciada na historiografia. Veja a letra a seguir.
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde1500
Tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato
Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de Cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati
Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, Malês
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasil que se faz um país de Lecis, Jamelões
São verde e rosa as multidões
(Samba-Enredo2019 - Histórias Para Ninar Gente Grande, Mangueira)
Identifique a revolta regencial, de cunho popular, homenageada no samba enredo da Mangueira foi
Respostas
Resposta:
A Estação Primeira de Mangueira ganhou foi campeã do carnaval de 2019 no Rio de Janeiro, com o enredo “História para ninar gente grande”, apresentado pelo carnavalesco Leandro Vieira, exaltando personagens que fazem parte da História do Brasil e são pouco mencionados nos livros de história.
Explicação:
o Maranhão entre 1838 e 1841. Seu nome deriva do artesão Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, conhecido como Balaio. Além deste, também lideraram a rebelião o vaqueiro alcunhado Cara Preta e um escravo fugitivo conhecido como Negro Cosme. Inicialmente, o movimento contou com a simpatia dos liberais maranhenses, que acabaram por se afastar devido às atrocidades cometidas pelos insurretos. Essa foi a primeira rebelião debelada pelo futuro duque de Caxias, que viria a receber o cognome de “Pacificador”.