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Não é a primeira vez que Tóquio teve que lidar com incertezas quanto à realização da Olimpíada. A edição que deveria ser realizada no país em 1940 foi transferida para Helsinque, na Finlândia, por conta de guerra e instabilidade política. Oitenta anos depois, em 2020, a pandemia de covid-19 trouxe um novo clima de insegurança e medo, com a doença tomando conta do mundo e ameaçando a realização da competição.
Após muita pressão, em março de 2020, logo após a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) elevando o estado de contaminação pelo novo coronavírus como pandemia, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou o adiamento da 32ª edição do evento para 2021.
Depois de mais de um ano, a covid-19 continua a matar milhares de pessoas por dia, as vacinas são escassas - principalmente nos países mais pobres – e a maioria dos japoneses é contra a realização enquanto a pandemia perdurar, mas os Jogos Olímpicos foram confirmados e vão ocorrer com protocolos e medidas duras de segurança a partir desta quarta-feira (21), com a cerimônia de abertura na sexta (23). A chama olímpica, que chegou ao país no dia 20 de março de 2020, permaneceu no Japão durante todo o ano. O revezamento da tocha foi adaptado às exigências sanitárias e retomado em 25 de março de 2021, culminando no acendimento da pira durante a abertura oficial.
Apesar de ser em 2021, o nome oficial dos Jogos continuou como Tóquio 2020, já que cada ciclo olímpico, que são as Olimpíadas, dura quatro anos. Mesmo suspenso pela pandemia, a competição representa o fim do ciclo olímpico que resultou no 32º Jogos Olímpicos de verão, subsequente ao Rio 2016. Também pesa o lado comercial, uma vez que não seria viável lançar outra marca, que já era licenciada para venda de produtos e afins.