Com o passar dos anos, a participação das mulheres nos Jogos Olímpicos só tem aumentado. Por quê?
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As mulheres não aceitaram de braços cruzados a proibição de participação nas Olimpíadas e, ainda em 1896, um dia após a 1.ª Olimpíada da Era Moderna, houve um protesto.
A atleta Stamati Revithi correu o percurso da maratona, uma das modalidades mais tradicionais das Olimpíadas, no dia seguinte à corrida oficial dos homens, como forma de protesto para mostrar que mulheres também podiam participar dos Jogos Olímpicos.
Um tempo depois, nas Olimpíadas de 1900, em Paris, as mulheres puderam participar das competições, mas não ganhavam medalhas iguais aos homens, apenas um certificado de participação.
Nessa edição, 22 mulheres competiram nas modalidades do Golfe e do Tênis, pois o Comitê Olímpico Internacional considerou esses esportes mais adequados por não haver contato físico.
Desde então, os Jogos Olímpicos contam com a participação feminina, que ao longo de suas edições foram sendo incluídas em outras modalidades e conquistando seu espaço nesse importante evento mundial.
No Brasil, somente no ano de 1979 que o Decreto-Lei de 1941, que proibia as mulheres de praticarem esportes, foi revogado. Assim, apenas depois de 38 anos que as medalhas passaram a ser entregues às atletas brasileiras.
Elas conquistaram medalhas de ouro e prata no vôlei de praia, de prata no basquete e de bronze no voleibol, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Essa edição é considerada um marco para as atletas brasileiras, pois as medalhas representam a superação dos desafios que tiveram de enfrentar para poder ter o direito de competir, treinar e praticar outros esportes.
Foi somente em 2012, nas Olimpíadas de Londres, que pela primeira vez na história a participação feminina foi em todas as modalidades que os homens participaram, ou seja, somente após mais de um século que as mulheres conquistaram esse direito.
Essa também foi a primeira edição em que todos os países que participaram das Olimpíadas tiveram ao menos uma mulher em suas delegações. Até a Arábia Saudita, onde há muita restrição às mulheres, teve duas atletas competindo nos jogos.
Um marco histórico da participação feminina nos Jogos Olímpicos aconteceu em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, pois, dentre os 11 mil atletas participantes, 45% eram mulheres.
Além disso, nessa edição, outro marco importante é que alguns países tinham mais atletas mulheres em suas delegações do que homens, a exemplo os Estados Unidos da América.
A presença de atletas brasileiras também fez parte desse marco, pois, desde a primeira participação do Brasil nos Jogos Olímpicos, essa foi a edição com maior número de mulheres: foram 209 competidoras no total.