Os avanços na medicina trouxeram a implementação de novas tecnologias e novos tratamentos, os quais fornecem uma nova perspectiva sobre a ética em saúde e a necessidade de se pensar sobre alguns princípios da bioética, pois, na prática clínica, os profissionais de saúde devem sempre estar atentos para agir de forma ética, preservando a saúde do paciente.
Você, esteta, trabalha em uma clínica certificada e de renome que oferece a depilação à laser para a remoção definitiva de pêlos. Seu procedimento consiste basicamente em atrair o laser até a melanina do pêlo, de forma a cauterizar sua raiz e eliminar o folículo piloso.
Em um dia de trabalho, você recebe uma cliente negra querendo realizar a depilação à laser, no entanto, o laser da clínica é o Alexandrite, que não é indicado para a pele negra, visto que a alta quantidade de melanina na pele pode causar queimaduras.
Você explica para ela que o tratamento não é indicado e que os riscos são queimaduras e mesmo assim ela responde que assume o risco, que já fez em outro lugar e não teve nenhuma queimadura.
Frente a essa situação, quais os princípios éticos que devem ser aplicados e qual deve ser o desfecho desse atendimento?
Respostas
Resposta:
Nesse caso, se aplicam os princípios de beneficência e não maleficência. O profissional deve agir de forma a beneficiar o paciente (entendido aqui como promover a saúde do paciente) e não de forma a prejudicá-lo (expô-lo a riscos, mesmo que previamente conhecidos). É importante observar que o princípio de respeito à autonomia do paciente não se aplica aqui, visto que ele não visa a agradar o paciente, mas compreender sua decisão. Embora o paciente nem sempre consiga perceber os riscos de sua escolha, o profissional, em situações como essa, tem o dever de se negar a realizar o procedimento, mesmo que i sso acabe contrariando o paciente. Dessa forma, o desfecho ético desse atendimento deve ser a recusa em realizar o procedimento, podendo oferecer alternativas como a depilação à cera ou indicando uma clínica que possua outro laser que não coloque em risco a pele negra.
Explicação:
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Explicação:
Nesse caso, se aplicam os princípios de beneficência e não maleficência. O profissional deve agir de forma a beneficiar o paciente (entendido aqui como promover a saúde do paciente) e não de forma a prejudicá-lo (expô-lo a riscos, mesmo que previamente conhecidos).
É importante observar que o princípio de respeito à autonomia do paciente não se aplica aqui, visto que ele não visa a agradar o paciente, mas compreender sua decisão. Embora o paciente nem sempre consiga perceber os riscos de sua escolha, o profissional, em situações como essa, tem o dever de se negar a realizar o procedimento, mesmo que isso acabe contrariando o paciente.
Dessa forma, o desfecho ético desse atendimento deve ser a recusa em realizar o procedimento, podendo oferecer alternativas como a depilação à cera ou indicando uma clínica que possua outro laser que não coloque em risco a pele negra.